O secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, defendeu a continuidade dos estudos para uso da vacina Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan, para autorização da aplicação em crianças. O público de 0 a 11 anos é o único no Brasil que ainda não tem vacina contra a Covid-19 liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em publicação nas redes sociais, Nésio questionou a passividade do Ministério da Saúde para auxiliar nos estudos para subsidiar o uso de vacinas no público infantil e cobrou mais proatividade do governo federal nessa empreitada para acelerar a imunização. O Espírito Santo, aliás, já se ofereceu para ajudar nesses testes.
O Butatan chegou a fazer os primeiros estudos para verificar a segurança e proteção da Coronavac no público pediátrico e submeter à Anvisa, mas a agência disse que era necessário o envio de mais documentos. Desde então, a liberação tem caminhado a passos lentos.
Ainda assim, a Coronavac é a vacina mais perto de ser liberada para crianças no país, uma vez que é a única que já teve o pedido de autorização feito junto a Anvisa.
Diante desse cenário, o secretário afirmou que "não podemos ser expectantes, adotando postura passiva, esperando o 'fabricante apresentar documentos'", numa cobrança ao Ministério da Saúde — que não tem intenção de comprar novas doses de Coronavac para o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Nésio destacou que a Coronavac é produzida no Brasil e uma vacina segura e eficaz, sendo inclusive utilizada em crianças em outros países.
O secretário afirmou que a proatividade em apoiar os estudos salvará as crianças da Covid-19, mas que a passividade só serve "para alimentar narrativa política no contexto da polarização."
Ao defender a vacina brasileira, Nésio lembrou que ela tem custo inferior a Pfizer e afirmou que o país "deve caminhar para soberania/independência tecnológica e produtiva de vacinas."
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