Término da transmissão
Após aproximadamente 45 minutos de entrevista, o secretário Nésio Fernandes encerrou a transmissão desta sexta-feira (29), em que atualizou informações sobre a situação da pandemia no Espírito Santo.
Doe sangue!
"As cirurgias, os acidentes e outros problemas que demandam sangue não pararam de acontecer. Procurem as unidade de doação e façam esse ato que pode salvar vidas. O seu sangue vai ajudar várias outras pessoas. Por isso, fazemos esse apelo", pediu Luiz Carlos Reblin.
Matriz de risco pode ser novamente alterada
"A taxa de transmissão é um índice que mostra quantas pessoas são contaminadas por uma que já possui a doença. Se ela estiver abaixo de um, ela indica que deve haver uma diminuição da transmissão. Como ainda não conseguimos medir isso em cada município, ela não será incluída na matriz de risco", explicou Reblin. Complementando, Nésio Fernandes afirmou que é possível adotá-la em um cenário estadual e que essa definição deve acontecer na próxima semana.
Como está o uso da cloroquina no ES?
"Diversas associações de especialistas entraram em consenso sobre a retirada da cloroquina em pacientes graves; ficando a cargo do médico a adoção em casos que estão em tratamento intensivo. Fizemos isso, porque não há comprovação científica dos efeitos positivos do uso da cloroquina. Continuamos também com a não recomendação para casos leves da Covid-19", explicou Nésio Fernandes.
Descumprimento do isolamento pode gerar detenção e multa, garante secretário
"O Código Penal prevê punição de detenção de um mês a um ano e pagamento de multa para quem descumprir as regras. O isolamento domiciliar não é facultativo. Ele é obrigatório para todo paciente com sintomas gripais. Ele não é obrigatório só para os casos confirmados. Isso é fundamental ficar claro", esclareceu Nésio Fernandes.
Coronavírus no ES: 41 mortes em investigação
Questionado, o secretário Nésio Fernandes afirmou que o Espírito Santo tem, atualmente, 41 mortes em investigação.
Sesa já comprou 580 respiradores
"Já temos 580 respiradores comprados, com preço de pré-pandemia. Conseguimos adquirir para realizar uma expansão real de leitos novos de UTI, sem comprometer os que atendiam as outras doenças. É resultado de um plano estratégico do Estado", garantiu Nésio Fernandes.
"Leitos de enfermaria não são problema no ES", garante secretário
"Os hospitais de campanha representam unidades assistenciais temporárias para casos de baixa e média complexidade, como leitos de enfermaria. Nos quais, hoje, temos cerca de 55% de ocupação. São leitos que podem ser adaptados facilmente. Atualmente, eles não são problema para o atendimento da Covid-19. O maior problema é a oferta de UTI e esse é o nosso desafio", explicou.
65% dos leitos em hospitais privados estão ocupados
"Temos acompanhado 27 hospitais particulares, que têm 2.886 leitos. De acordo com as últimas informações, temos uma ocupação de 65% desses leitos. Desse total, apenas 14% são pacientes confirmados de Covid-19; e quase 50% são pacientes com problemas respiratórios", detalhou Nésio Fernandes.
Exames enviados ao Paraná: qual a situação?
Sobre os resultados dos exames enviados a um laboratório do Paraná, que estavam previstos para ficaram prontos nesta sexta-feira (29), o subsecretário esclareceu que a expectativa é que "no início da próxima semana, nós tenhamos o retorno do Paraná".
Subsecretário faz apelo para população seguir medidas de isolamento social
"Nossa recomendação para que a restrição extrema de circulação não ocorra é que, neste momento, enquanto temos condições, a sociedade inteira diminua a circulação, com risco de sofrermos um número muito alto de mortes", alertou Reblin.
Isolamento no ES: apenas 44% das pessoas estão em casa
"Nossos levantamentos apontam que 44% da população está em isolamento e que temos uma tendência de queda. Dessa forma, não vamos conseguir barrar a transmissão da doença", alertou o subsecretário Luiz Carlos Reblin.
"Isolamento não é ir para as montanhas, se acomodar em pousadas e sítios", afirma Reblin
Subsecretário de vigilância em saúde, Luiz Carlos Reblin também participa da transmissão. "Precisamos permanecer em casa e, se precisar sair, manter o distanciamento social. Não adianta eu estar livre do meu trabalho e ir para as cidades da Região Serrana, para se acomodar em sítios e pousadas nas montanhas. Isso não é uma atitude de isolamento", criticou.
"Não é normal que morram tantas pessoas", diz Nésio Fernandes sobre possível lockdown
"O lockdown pode acontecer em qualquer cidade ou Estado brasileiro que não consiga controlar a pandemia. Não é natural e normal que morram tantas pessoas. Por isso, é razoável que medidas mais enérgicas possam ser tomadas para conseguir romper o contato entre as pessoas", esclareceu o secretário.
Pandemia: problemas para além da saúde
"As melhores estratégias de combate à pandemia vão muito além da saúde: consiste em medidas de distanciamento social e de economia para apoiar os setores afetados", ressaltou Nésio Fernandes.
"Não queremos decretar lockdown, mas para isso é preciso melhorar", afirma secretário
"Não queremos decretar o lockdown no Espírito Santo, mas para que isso não aconteça é necessário diminuir o número de internados, casos confirmados e de óbitos", explicou Nésio Fernandes. "Por isso, convido para que todos os atores da sociedade ajudem a praticar o isolamento social. Se nós não melhorarmos, nós não vamos romper a cadeia de transmissão e podemos caminhar para uma situação de risco extremo", completou.
Secretário relembra como funciona a nova matriz de risco
"Neste mês, nós aperfeiçoamos a matriz de risco, que classifica os municípios com base na incidência, na porcentagem de idosos, no isolamento social e na ocupação dos leitos. Temos um conjunto importante de análises que nos permite definir, por município, região e Estado, o risco da pandemia. A cada sexta-feira, fechamos esse balanço; e aos sábados, atualizamos o que deve ser adotado em cada lugar. Lembrando que essa nova matriz engloba o risco extremo, em que há a possibilidade de lockdown, fechando a maioria das atividades para que as pessoas se recolham às suas casas", relembrou.
Letalidade chega a 40% em pacientes com mais de 90 anos
Sobre a gravidade que a Covid-19 pode ter, o secretário revelou que "a letalidade pode chegar a mais de 40% nas pessoas com mais de 90 anos" e afirmou que "essa doença mata muito mais que outras já conhecidas, como chikungunya".
Coronavírus no ES: mortes podem chegar a 600 até domingo
"No primeiro dia deste mês, tínhamos 124 óbitos. No próximo domino (1), podemos chegar às 600 mortes, aproximadamente. O coronavírus mata e mata muito! Não adianta nós expandirmos os leitos para as pessoas morrerem no hospital. Queremos que o menor número de pessoas morra, mas para isso é preciso que a população adote as medidas de distanciamento social e que todos sejam fiscalizadores dessas medidas. Essa é uma batalha de todos e só pode ser vencida se toda a socidade se unir", defendeu Nésio Fernandes.
Inquérito sorológico: resultados na próxima segunda-feira (1)
Na próxima segunda-feira (1), o secretário Nésio Fernandes vai fazer uma nova entrevista transmitida pela internet para divulgar os resultados obtidos na segunda etapa do inquérito sorológico, que começou nesta quarta-feira (27) e terminar nesta sexta-feira (29).
Secretário faz uma análise do mês de maio
"Tivemos um mês muito intenso, em que se confirmou a projeção de que viveríamos uma fase de aceleração da curva de casos da Covid-19 no Estado. Iniciamos com aproximadamente 500 leitos e chegamos a 1.100 agora. Houve uma grande expansão do sistema de saúde e mudanças do perfil das unidades hospitalares, para garantir o acesso aos pacientes afetados por outras doenças. Começamos também o inquérito sorológico, que nos mostrou a prevalência da doença em 2,1% da população. A segunda fase termina hoje e vamos conseguir ver qual o avanço nesses 15 dias", resumiu Nésio Fernandes.
Início da transmissão
À frente da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), Nésio Fernandes deu início à entrevista desta sexta-feira (29), na qual atualizará as informações a respeito do combate ao novo coronavírus no Espírito Santo. Acompanhe com A Gazeta.
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