A campanha de vacinação no Brasil teve início há 10 dias, com a aprovação do uso emergencial de duas vacinas pelo Agência Nacional de Vigilância (Anvisa): a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, e a fórmula desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a farmacêutica Astrazeneca. A expectativa é que ela também possa ser produzida no Brasil, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Na manhã do último domingo (24), um lote com mais de 35 mil doses da vacina de Oxford/Astrazeneca chegou ao Espírito Santo. O imunizante usado no combate à Covid-19 está sendo utilizado para imunizar 33.858 profissionais da Saúde que atuam no Estado e fazem parte dos grupos prioritários.
Conforme explicou o governador Renato Casagrande no Twitter, o Ministério da Saúde e a Fiocruz garantiram enviar uma nova remessa ao Espírito Santo, para dar continuidade à vacinação, com a aplicação da segunda dose.
Com o início da vacinação no Estado, A Gazeta reuniu as principais dúvidas em relação à vacina. As informações foram extraídas da bula do imunizantes, disponibilizada pela Fiocruz.
Na vacina de Oxford, usa-se a tecnologia conhecida como vetor viral geneticamente modificado. Ela é produzida a partir de uma versão enfraquecida de um adenovírus que causa resfriado em chimpanzés - e que não causa doença em humanos. A esse imunizante foi adicionado o material genético usado na produção da proteína "spike" do Sars-CoV-2 (a que ele usa para invadir células), induzindo à produção de anticorpos.
A vacina Covid-19 (recombinante) é indicada para a imunização ativa de indivíduos a partir de 18 anos de idade para a prevenção da doença do coronavírus (Covid-19).
A vacina possui uma eficácia geral de 70%, que está acima do padrão mínimo exigido pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é de 50%.
O esquema de vacinação consiste na aplicação de duas doses separadas de 0,5 ml cada, em todos os vacinados. A segunda dose deve ser administrada entre 4 e 12 semanas após a primeira dose. Recomenda-se que aqueles que receberam a primeira aplicação do imunizante concluam a vacinação com o mesmo composto.
No braço.
Cada dose de 0,5 mL contém 5 × 1010 partículas virais (pv) do vetor adenovírus recombinante de chimpanzé, deficiente para replicação (ChAdOx1), que expressa a glicoproteína SARS-CoV-2 Spike (S). Produzido em células renais embrionárias humanas (HEK) 293 geneticamente modificadas. O produto contém organismos geneticamente modificados (OGMs). Excipientes: L-Histidina, cloridrato de L-histidina monoidratado, cloreto de magnésio hexaidratado, polissorbato 80, etanol, sacarose, cloreto de sódio, edetato dissódico di-hidratado (EDTA) e água para injetáveis.
Como com outras vacinas, a administração da vacina deve ser postergada em indivíduos que estejam sofrendo de uma enfermidade febril aguda grave. No entanto, a presença de uma infecção menor, como um resfriado e/ou febre de baixo grau não deve retardar a vacinação. Como com outras injeções intramusculares, a vacina deve ser administrada com cautela a indivíduos com trombocitopenia, qualquer distúrbio da coagulação ou a pessoas em terapia anticoagulante, uma vez que pode ocorrer sangramento e hematoma após uma administração intramuscular nesses indivíduos. Para essas pessoas, a orientação é consultar o médico para avaliar benefícios e riscos potenciais do uso.
Há dados limitados sobre o uso do imunizante em mulheres grávidas ou mulheres que engravidaram após receber a vacina, portanto, as informações são insuficientes para fundamentar um risco associado à vacina. Além disso, estudos de toxicidade reprodutiva animal não foram concluídos. Como medida de precaução, a vacinação não é recomendada durante a gravidez. O seu uso em mulheres grávidas deve ser baseado em uma avaliação se os benefícios da vacinação superam os riscos potenciais. No caso de lactação, também não há dados que assegurem o uso, por isso, como medida de precaução, é preferível evitar a aplicação quando a paciente estiver amamentando.
Não se sabe se a vacina pode impactar a fertilidade. Não há dados disponíveis.
As reações adversas mais frequentemente reportadas foram sensibilidade no local da injeção; dor no local da injeção, cefaleia, fadiga; mialgia, mal-estar; pirexia, calafrios; e artralgia, náusea. A maioria das reações adversas foi de intensidade leve a moderada e usualmente resolvida dentro de poucos dias após a vacinação. Em comparação com a primeira dose, as reações adversas reportadas após a segunda dose foram mais leves e menos frequentemente reportadas. As reações adversas foram geralmente mais leves e menos frequentemente reportadas em idosos (≥ 65 anos de idade). Medicamentos analgésicos e/ou antipiréticos (por exemplo, produtos contendo paracetamol) podem ser usados para proporcionar alívio das reações adversas após a vacinação, caso apareçam.
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