O Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Correios, Prestação de Serviços Postais, Telégrafos, Encomendas e Similares do Estado do Espírito Santo (Sintect/ES) declarou que a categoria entrará em greve a partir da 0h desta terça-feira (18). A assembleia que decidiu pela paralisação aconteceu na noite desta segunda-feira (17), na Praça Oito de Setembro, no Centro de Vitória.
O sindicato cita a conduta dos Correios em relação à pandemia do coronavírus como motivo para a decisão. Em postagem nas redes sociais, o sindicato classifica o serviço como essencial e alega que há um sucateamento da categoria nos últimos anos. O comunicado ainda coloca como pontos principais para a declaração de greve a proposta de reajuste salarial de 0%, segundo o sindicato, e aponta um esforço dos gestores dos Correios para entregar a empresa para o setor privado.
Um comunicado oficial dos Correios alega que a empresa consegue responder à demanda durante a pandemia do coronavírus e reforça que permite que os funcionários trabalhem de forma segura. A nota ainda cita o que a empresa movimenta a economia nacional e que, desde o começo das negociações, prezou pela saúde financeira dos Correios para se proteger da crise causada pela Covid-19.
A nota afirma também que a proposta da Federação Nacional dos Trabalhdores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) custaria R$ 1 bilhão aos cofres dos Correios e alega que a proposta é inviável. Confira, na íntegra, o comunicado:
Nesta segunda-feira (17), os serviços dos Correios estão sendo prestados normalmente, em todo o Brasil. Ressalta-se que a empresa possui Plano de Continuidade de Negócios, para continuar atendendo à população em qualquer situação adversa.
No momento em que pessoas e empresas mais contam com seus serviços, os Correios têm conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, movimentando a economia nacional.
Desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da saúde financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.
A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período - dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida.
Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.
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