O Espírito Santo confirmou mais um caso de varíola dos macacos, chegando ao total de oito infectados. Desta vez, trata-se de um homem adulto, com idade entre 30 e 39 anos, morador de Vitória. A atualização foi feita nesta quinta-feira (18), por meio de um boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Além dos oito casos confirmados, o Estado investiga outros 67 casos suspeitos de monkeypox e já descartou 48 notificações. Por enquanto, a doença segue restrita a adultos (com idades entre 20 e 69 anos) e moradores da Grande Vitória: são quatro casos na Capital, dois em Guarapari e dois em Vila Velha.
Ainda conforme o boletim, a maioria das pessoas diagnosticadas com varíola dos macacos em território capixaba não teve contato com alguém que teve a doença, nem sequer a suspeita dela. Os sintomas mais frequentes entre os infectados no Estado são, nesta ordem:
• 8 de junho: o primeiro caso de varíola dos macacos é confirmado no Brasil. O diagnóstico foi feito em São Paulo, em um homem de 41 anos que viajou à Espanha.
• 15 de junho: o primeiro caso suspeito de monkeypox começa a ser investigado no Espírito Santo. O paciente era um estrangeiro de 44 anos.
• 14 de julho: o primeiro caso da doença é confirmado no Espírito Santo. No mesmo dia, a Secretaria de Estado de Saúde informou que dois casos foram confirmados em moradores da Grande Vitória.
• 23 de julho: a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a varíola dos macacos como uma emergência de saúde pública de alcance internacional.
• 29 de julho: a primeira morte pela varíola dos macacos no Brasil foi confirmada pelo Ministério da Saúde. O óbito foi registrado em Uberlândia (MG). A vítima era um homem de 41 anos com comorbidades.
• 11 de agosto: a Sesa informa sobre a primeira mulher com monkeypox no Espírito Santo. Até então, todos os diagnósticos no Estado eram de homens.
Apesar de ter tomado os noticiários recentemente, a varíola dos macacos foi descoberta na década de 1950, após dois surtos em colônias desses animais, que eram mantidos para pesquisas. Já o primeiro caso humano foi registrado na década de 1970, no Congo, país africano.
De acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas costumam durar entre duas e três semanas, consistindo em: febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções cutâneas, geralmente no rosto, na palma das mãos e na sola dos pés.
De maneira geral, são duas as variantes principais da doença. A mais grave delas, conhecida como "cepa do Congo", pode chegar a 10% de mortalidade. Já a outra, denominada popularmente de "cepa da África Ocidental", tem uma taxa de letalidade bem menor, próxima de 1%.
O vírus causador pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, além de objetos compartilhados. Por isso, a Anvisa sugeriu que os brasileiros usem máscaras, reforcem a higienização e façam o distanciamento social para evitar a transmissão.
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