Um hospital particular que fica em Cariacica montou um contêiner para atender casos de varíola dos macacos. No vídeo acima é possível ver a estrutura metálica instalada na parte externa, perto de algumas ambulâncias estacionadas, com um cartaz avisando sobre o "atendimento exclusivo" à doença.
Procurado por A Gazeta, o Grupo Meridional explicou que o local foi montado por precaução, "para uso sob demanda caso o contágio de monkeypox tenha um crescimento maior no Estado e seja preciso adicionar espaços de assistência". A medida faz parte de um "plano de contingência".
A rede também esclareceu que "possui áreas restritas para atender pacientes com sintomas gripais dentro das instalações e que novos setores de isolamento estão previstos no projeto de expansão".
Conforme boletim divulgado nesta quinta-feira (18) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o Espírito Santo tem oito casos confirmados da varíola dos macacos: sete em homens e um em mulher. Todos são adultos, com idades entre 20 e 69 anos, e moradores da Grande Vitória.
Ainda de acordo com os dados divulgados, o único sintoma comum entre todos os infectados no Estado foi erupção cutânea. Além da reação na pele, alguns apresentaram dor de cabeça, febre súbita, dor nas costas, cansaço, dor de garganta e inchaço das glândulas do sistema imunológico.
Após o recente surto mundial, a primeira suspeita de monkeypox em território capixaba foi comunicada no dia 15 de junho deste ano – mas acabou descartada. As duas primeiras confirmações se deram quase um mês depois, em 14 de julho. Até o momento, o Espírito Santo não possui mortes pela doença.
Apesar de ter tomado os noticiários recentemente, a varíola dos macacos foi descoberta na década de 1950, após dois surtos em colônias desses animais, que eram mantidos para pesquisas. Já o primeiro caso humano foi registrado na década de 1970, no Congo, país africano.
De acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas costumam durar entre duas e três semanas, consistindo em: febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções cutâneas, geralmente no rosto, na palma das mãos e na sola dos pés.
De maneira geral, são duas as variantes principais da doença. A mais grave delas, conhecida como "cepa do Congo", pode chegar a 10% de mortalidade. Já a outra, denominada popularmente de "cepa da África Ocidental", tem uma taxa de letalidade bem menor, próxima de 1%.
O vírus causador pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, além de objetos compartilhados. Por isso, a Anvisa sugeriu que os brasileiros usem máscaras, reforcem a higienização e façam o distanciamento social para evitar a transmissão.
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