A tão esperada autorização para o Aeroporto de Vitória operar voos internacionais saiu nesta terça-feira (5). Desde a inauguração do novo terminal, em março de 2018, essa era uma expectativa de muitos passageiros capixabas. Mas, e agora, o que muda com isso?
Do nome do aeroporto à infraestrutura do terminal, pode-se dizer que o Eurico de Aguiar Salles vai ganhar um upgrade. Para explicar tudo, fizemos um ponto a ponto com todas mudanças. Entenda:
Mais ou menos. Eurico de Aguiar Salles continua sendo o homenageado, por força de lei aprovada pelo Congresso. Porém, o nome completo do aeroporto passa a ganhar um internacional.
Com isso, a nomenclatura correto agora fica sendo: Aeroporto Internacional de Vitória - Eurico de Aguiar Salles.
Isso depende do interesse das companhias aéreas, que afirmam que é preciso haver demanda para abrir uma rota internacional. A única já confirmada até o momento é a da Gol que vai ligar o Aeroporto de Vitória ao de Ezeiza, em Buenos Aires (Argentina).
Esse primeiro voo será semanal, aos sábados, com ida e volta. Cada voo deverá ter duração de aproximadamente três horas. Na época em que divulgou o interesse na rota, em outubro de 2018, a companhia chegou a afirmar que as passagens teriam o valor a partir de R$ 600 (ida e volta).
Azul e Latam, procuradas por A Gazeta, informaram que ainda não projetam rotas internacionais a partir de Vitória, mas que estão sempre estudando a possibilidade de expandir suas operações no Estado.
Com a liberação, a data agora fica a critério da Gol. A companhia já informou que precisa de cerca de seis meses após a autorização para iniciar a operação para fazer adequações nos dois aeroportos e iniciar a venda de passagens.
Um voo de teste, segundo o governo do Estado, deve ser realizado pela companhia entre fevereiro e março.
O terminal passa a contar com sala de embarque internacional (nos fundos do saguão doméstico), sala de desembarque (próxima a área onde ficam as esteiras de bagagens, no térreo) e guichês para atendimento de órgãos como Receita Federal, Polícia Federal, Vigilância Sanitária e Vigilância Agropecuária.
Essa estrutura para processar passageiros internacionais já está pronta desde abril. Para quem for pegar voos domésticos, não haverá impactos e nada muda.
O passageiro internacional terá o embarque diferenciado. Ele passará pelo raio-x do embarque doméstico normalmente e precisa andará todo o saguão doméstico - tendo acesso assim as lojas e restaurantes - para chegar ao embarque internacional.
Lá, o passageiro passa por outra inspeção, que segue normas de voos internacionais, e embarca pelos portões 7 e 8 pelas pontes de embarque (fingers).
Já no desembarque, o passageiro internacional vai sair do avião pelo finger, mas ao invés de subirem para o terminal, terá que descer para o pátio do aeroporto, onde vai pegar um ônibus do aeroporto que os levará até a sala de desembarque internacional, do lado do setor de restituição de bagagens.
Neste local será feita a inspeção da Receita Federal e da Polícia Federal. Haverá ainda um esteira de bagagens exclusiva para os passageiros internacionais.
Enquanto o passageiro de voo doméstico que embarca em Vitória precisa pagar R$ 32,95, se os voos do Espírito Santo para o exterior começassem hoje os passageiros teriam que pagar R$ 124,15, que é a tarifa de embarque internacional atual dos maiores aeroportos da Infraero, grupo que inclui o Eurico de Aguiar Salles.
Esse valor pode mudar até os voos saírem por três motivos. O primeiro por causa do reajuste anual das tarifas, feito em janeiro. O segundo pela concessão do aeroporto à suíça Zurich, o que vai mudar os critérios para definição de tarifas. E o terceiro é o plano de governo federal de acabar com uma taxa extra de US$ 18 que entra nessa tarifa. Entenda aqui.
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