Apesar da greve anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresa de Correios, Prestação de Serviços Postais, Telégrafos, Encomendas e Similares do Estado do Espírito Santo (Sintect-ES), as agências dos Correios no Espírito Santo seguem abertas. A paralisação teve início à 0h desta terça-feira (18), após assembleia da categoria.
Segundo os Correios, ainda estão sendo apuradas informações sobre o número de profissionais que aderiram à paralisação, e novos dados poderão ser divulgadas ainda nesta terça-feira. Atualmente, a estatal conta com cerca de 2 mil funcionários no Estado, muitos dos quais estão trabalhando remotamente devido à pandemia do novo coronavírus. O trabalho deste grupo não será afetado. Apesar disso, ainda não se sabe os efeitos da greve sobre as entregas, que são feitas presencialmente e podem sofrer atrasos.
O presidente do Sintect-ES, Antônio José Alves Braga, frisou que a intenção da categoria não é prejudicar os consumidores, mas que há um risco de atraso nas encomendas. Uma nova reunião será realizada na quinta-feira (20), para avaliar a situação, mas, a princípio, a greve não tem prazo para acabar.
Em plena pandemia, fomos surpreendidos com a retirada de 70 cláusulas do atual acordo coletivo. Com muito custo, nos forneceram máscara e álcool em gel. E agora, momento de boom do e-commerce, em que a empresa anunciou lucro, veio nos dizer que vai reduzir nossos ganhos, tirar direitos. O trabalhador não pode ser o único a se sacrificar.
Em nota, os Correios informaram que não pretendem suprimir direitos dos empregados, e que a empresa propõe ajustes dos benefícios previstos na CLT e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados.
A estatal destacou, porém, que tem como objetivo cuidar da sustentabilidade financeira da empresa e que irá repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Além disso, informou que a diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta aplicadas no país é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da categoria, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida, afirmou, em nota.
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