Com objetivo de ampliar a capacidade de produção de aço, a ArcelorMittal planeja investir cerca de US$ 2 bilhões na unidade de Tubarão, no Espírito Santo.
O investimento vai ser feito até 2030, conforme explicou o presidente do Conselho de Administração da companhia, Benjamin Baptista Filho, em entrevista ao Papo de Colunista especial, realizado dentro do Vitória Summit nesta quarta-feira (24).
A ideia é aumentar a produção de bobinas a quente, construindo um segundo laminador, e, então, instalar um laminador a frio, que produz chapas, tiras e folhas de aço com melhores tolerâncias dimensionais e microestrutura mais refinada.
"Estimo que até 2030 a gente já tenha condição de ter a primeira linha de galvanização, um investimento na faixa de US$ 2 bilhões para cima. Vamos trazer esse tipo de laminado que já temos em Vega, em Santa Catarina, para o Espírito Santo", explicou Benjamin.
A nova linha de produtos (chapas e bobinas laminadas a frio e galvanizadas, que são anticorrosão) deve ser destinada ao mercado interno, para produção de eletrodomésticos e carros, já saindo acabado da planta de Tubarão para ser comercializada.
Atualmente, a matéria-prima (bobinas laminadas a quente) produzida em território capixaba é embarcada no porto e viaja até São Francisco do Sul, em Santa Catarina, para depois ser finalizada.
A expectativa, segundo Benjamin, é que o mercado de aço continue crescendo ao longo dos anos e esteja consolidado até 2027. Atualmente, a ArcelorMittal já conduz estudos da implementação dessa nova linha de produção.
"Estamos terminando os projetos básicos, tudo isso precisa de energia, análise de solo. Isso é um projeto que vamos estar analisando um a um, mas a ideia básica já aprovamos dentro do grupo para tocar em frente", destacou Benjamin.
A ampliação da produção em Tubarão deve atrair mais investimentos para o Estado e consequentemente geração de emprego, principalmente em indústrias que são grandes consumidoras de aço laminado a frio.
"À medida que a gente coloca laminado a frio e chapa galvanizada no Espírito Santo, você vai ter um incentivo para atrair as indústrias que usam esse tipo de material aqui: indústria automotiva, de tubos, de botijão, de móveis metálicos, tem uma infinidade de consumidores que hoje não estão no Estado, e isso é um ativo para poder trazer. Há um potencial muito substancial de atrair novos investimentos para cá e gerar emprego. É uma grande transformação."
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