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Auxílio de R$ 600 pode demorar a chegar a cerca de 200 mil no ES

Auxílio de R$ 600 pode demorar a chegar a cerca de 200 mil no ES

Governo federal pode ter dificuldades para pagar o "coronavoucher" a trabalhadores por conta própria e desempregados que não contribuem para Previdência e que também não estão no cadastro dos programas sociais

Publicado em 3 de abril de 2020 às 12:49

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Dinheiro
Trabalhadores informais e microempreendedores aguardam para ter direito ao dinheiro emergencial. (Pixabay)

O caos econômico que vive o país devido ao coronavírus tem deixado muitos trabalhadores informais sem renda. O governo promete pagar um auxílio de R$ 600 a R$ 1.200 para esses trabalhadores. No entanto, ainda há dúvidas de como esses recursos vão chegar a pelo menos 200 mil pessoas no Espírito Santo, cerca de 11 milhões no país. Elas correm risco de ficar em insegurança alimentar nos próximos dias.

A medida provisória aprovada pelo Congresso e também publicada pelo governo ainda não deixa claro como o benefício chegará aos trabalhadores e desempregados que não estão inscritos no Cadastro Único e que também não estão na base de dados do Instituto Nacional de Seguro Social. 

Cerca de 450 mil famílias no Estado já devem ter acesso ao dinheiro nas próximas semanas, como promete o presidente Jair Bolsonaro. Os primeiros contemplados devem ser os beneficiários do Bolsa-Família. Já autônomos e empreendedores individuais,  contribuintes da Previdência, devem esperar um pouco mais. Serão contemplados após um pente-fino que será feito pelo INSS.

O problema será chegar a cerca de 200 mil conta própria, empregados sem carteira assinada e pessoas desocupadas. Parte pode não estar inscrita no Cadastro Único, que dá acesso aos serviços sociais do governo, e também não é atendido pela Previdência Social.

Segundo a subsecretária de Estado do Trabalho, Emprego e Renda, Cyntia Figueira Grillo, a sinalização do governo federal de que vai incluir 26.932 mil famílias no programa Bolsa-Família deve reduzir o problema de acesso à renda mínima de R$ 600. 

Ela defende a importância do programa, mas tem dúvidas quanto a sua operacionalização. “A atitude é louvável. A gente precisa que o governo se mobilize para que o dinheiro chegue aos beneficiários o mais rápido possível. Nesse momento os trabalhadores precisam de uma renda para subsistência. Mas a gente precisa ter cautela na identificação desse público. Não temos base sólida para dizer quem é o público”, comenta.

“Estamos em contato com o Ministério da Cidadania diariamente e a única informação oficial que eles passam é que o documento que vai reger este pagamento ainda está sendo concluído”, apontou.

Para chegar às pessoas que não são rastreadas, o governo vai lançar um site e um aplicativo na próxima terça-feira para que os tralhadores possam se inscrever. O desafio será fazer essa informação chegar a todos que têm direito. O acesso à internet também atrapalhar o beneficiário a se cadastrar no sistema.

Segundo o governo federal, o dinheiro vai ser pago para trabalhadores informais, autônomos, beneficiários do Bolsa Família e microempreendedores individuais (MEI). O Senado ainda avalia a inclusão de outras categorias. Assim que o valor for liberado, poderão receber, por exemplo, taxistas, motoristas de aplicativo, faxineiras, entre outros profissionais.

COMO SERÁ FEITO O REPASSE:

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