Em mais um dia operando em forte aversão ao risco, o principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, fechou em queda de 14,78% nesta quinta (12) aos 72.582 pontos. É a pior queda desde 1998. Nesta quinta, a bolsa chegou a acionar duas vezes o mecanismo de "circuit breaker", paralisando as negociações primeiramente por 30 minutos e depois por uma hora.
Já o dólar, que começou o dia na máxima histórica de R$ 5,0280, recuou às 16h52 e chegou ao valor mínimo do dia, a R$ 4,7521. Mas ainda assim, terminou em alta de 1,41%, cotado a R$ 4,7891 - o maior recorde histórico de fechamento.
A B3 escapou do terceiro "circuit breaker" desta quinta-feira (12) por pouco. Por volta das 13h50, o Ibovespa cedia 19,60% quando o Fed, banco central americano, anunciou compras de títulos do Tesouro americano, o que aumenta a liquidez no mercado financeiro.
A medida inverteu a aceleração da queda do Ibovespa. Caso a marca de 20% de queda fosse atingida, um terceiro circuit breaker (paralisação das negociações) seria acionado, desta vez, por tempo indeterminado.
No início das negociações desta quinta, o mecanismo foi acionado duas vezes. A primeira foi logo na abertura do pregão, às 10h21, quando a Bolsa chegou a cair 11,65%. A parada foi de meia hora. A segunda foi às 11h12, quando o índice recuou 15,43%.
Nesta semana, o circuit breaker foi acionado quatro vezes, reflexo da piora da percepção dos danos que serão causados pelo coronavírus sobre a economia global.
Nesta quinta-feira (12), as bolsas de vlores do mundo tiveram o pior pregão desde 19 de outubro de 1987, período conhecido como Segunda-Feira Negra, no qual o índice Dow Jones desabou 22,61%.
Nesta sessão, o índice americano caiu 9,99%. O S&P 500 recuou 9,51% e Nasdaq, 9,43%.
Nos Estados Unidos, a Bolsa de Nova York também acionou o circuit breaker no início do pregão desta quinta, parando negociações por 15 minutos, quando o índice S&P 500 caiu mais de 7%.
As quedas dos índices, assim como a da bolsa brasileira, desaceleraram com a noticia de que o Fed de Nova York vai injetar US$ 1,5 trilhão em operações de "repo", sigla para repurchase agreement (contrato de recompra, na tradução livre).
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