A Caixa Econômica Federal reduziu os juros do financiamento da casa própria. A taxa máxima caiu de 9,5% para 8,5% ao ano, enquanto a mínima foi de 7,5% para 6,75%. A queda nos valores é reflexo da redução da taxa Selic, e vai beneficiar quem deseja sair do aluguel. Em alguns casos, o desconto no valor final do financiamento pode passar de R$ 100 mil.
O diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, explica que as mudanças trarão grandes benefícios para o consumidor.
"Por se tratar de financiamentos de valor elevado e, geralmente, de longo prazo, que pode atingir 35 anos, qualquer redução dos juros, por menor que seja, sempre vai trazer enormes benefícios ao consumidor", afirma Oliveira.
Simulações feitas pelo economista mostram que em um financiamento de R$ 500 mil com prazo de pagamento de 30 anos, o consumidor chegará a ter redução de quase R$ 70 mil quando comparada à taxa máxima antiga (9,5%) com a nova tarifa máxima (8,5%). Já para um financiamento de R$ 1 milhão, também em 30 anos, e tomando como base a taxa máxima, a economia passa de R$ 105 mil.
A medida de redução dos juros abrange contratos de financiamento atualizados pela Taxa Referencial (TR), que atualmente está zerada, mas não atinge as modalidades corrigidas pela variação do IPCA. Veja abaixo as simulações.
A mudança nos juros vale para imóveis residenciais enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). No primeiro, o valor do imóvel é limitado a R$ 1,5 milhão. No segundo, não há limite de valor.
As novas taxas serão aplicadas em financiamentos feitos a partir do dia 6 de novembro. No entanto, quem já tem financiamento na Caixa não poderá migrar para um crédito mais barato.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cortou a Selic pela terceira vez consecutiva depois de um período de 16 meses de estabilidade. O BC usa a Selic para controlar a inflação: quando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) esta em alta ou acima da média projetada, o Copom eleva os juros. Dessa forma, as taxas bancárias também tendem a subir, o que freia o crédito e o consumo, reduzindo o processo inflacionário. Mas com a inflação controlada e baixa, como agora, o comitê reduz a taxa de juros para estimular o consumo e os investimentos.
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