Em um pânico que tomou o mercado financeiro, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) iniciou o pregão com uma forte desvalorização, derrubando em 10% o Ibovespa. A forte retração levou a empresa a ativar o circuit breaker para suspender as operações. O sistema é adotado quando existe uma forte desvalorização das ações.
Com a queda no preço do petróleo, após a Arábia Saudita dizer que vai aumentar a produção em retaliação à Rússia, o mercado financeiro está em turbulência. As Bolsas asiáticas e da Europa tiveram forte queda nesta segunda-feira (09) e o Brasil acabou seguindo essa tendência.
Por aqui, o dólar já começou o dia sendo cotado a quase R$ 4,80. Logo cedo havia uma perspectiva de circuit breaker na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), pois os contratos futuros do Ibovespa abriram em queda de 10%. O sistema é usado quando há forte oscilação ou queda no mercado de ações.
Ibovespa já iniciou o pregão em queda de 8% e logo depois avançou para 9,31% até chegar aos 10%. A forte queda é reflexo à redução do preço do petróleo e do pânico dos investidores por causa do coronavírus. O medo é que esses dois fatores possam provocar uma desaceleração global. As ações da Petrobras já recuam mais de 25% e pesam sobre o Ibovespa, que está a 88.178 pontos.
Para conter o avanço do dólar, o Banco Central deve realizar uma intervenção ao vender US$ 4 bilhões das reservas. A valorização do câmbio é de mais de 3%. O cenário mostra o pânico global em relação ao atual cenário, influenciado pelo avanço do coronavírus no mundo e pela batalha do petróleo.
As Bolsas europeias operaram em baixa principalmente após a Itália divulgar que colocou parte do país em quarentena, devido ao novo vírus. O tombo também tem relação com o petróleo.
O preço do barril do tipo Brent abriu o pregão em queda de mais de 30%, chegando a ser comercializado ao valor perto de US$ 30. É a maior desvalorização desde a Guerra do Golfo, em 1991, quando o preço apresentou uma queda de 34,77%. Há especialistas afirmando que o produto pode chegar a ser cotado a US$ 20.
O risco-país também disparou com o atual cenário. O índice que avalia o cenário brasileiro é medido pelos contratos CDS 9Credit Default Swap) cresceu 34%. Tem sido negociado a 191 pontos. A última alta expressiva do inicador foi quando aconteceu o Joesley Day.
A alta do risco-país está relacionada ao temor de investidores sobre um possível dano do derretimento dos preços do petróleo e do surto de coronavírus sobre a economia brasileira.
Com agências
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