O mercado de trabalho capixaba deve fechar 2019 como o melhor ano na abertura de empregos formais desde 2014. Só até novembro, o saldo no Espírito Santo foi de 22,9 mil vagas de carteira assinada criadas. O número já supera todo o ano de 2018, quando foram abertos 18 mil postos de trabalho.
No auge da crise econômica, entre 2015 e 2017, as demissões superaram as contratações no Estado e mais de 80 mil postos de trabalhos formais foram fechados. O mesmo cenário tem sido registrado a nível de Brasil, que neste ano já registra a abertura de 948,3 mil vagas, melhor saldo nacional desde 2013.
Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Ministério da Economia. Assim como o resultado nacional, a geração de vagas no Espírito Santo foi puxada pelos setores de serviços e comércio.
Entre janeiro e novembro, o setor de serviços abriu 12,7 mil postos de trabalho no Estado e 44,2 mil no Brasil. Ou seja, o Espírito Santo foi o responsável por 29% da criação de vagas no setor em todo o país.
Na quarta-feira (19), durante a apresentação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba no terceiro trimestre, o coordenador de Estudos Econômicos do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) chegou a comentar sobre o bom momento do setor.
A maior geração de vagas no setor de serviços foi no segmento de comercialização e administração de imóveis, valores mobiliários e serviços técnicos, com criação de 6,5 mil postos. Na sequência, aparecem os segmentos de serviços de alimentação, alojamento e manutenção (1,8 mil vagas), ensino (1,6 mil) e transportes e comunicação (1,6 mil).
Já o comércio abriu cerca de 3 mil vagas no ano, até novembro. O destaque é o segmento varejista, que acumula um total de 2,1 mil novos postos criados.
O terceiro setor que mais criou oportunidades foi o da indústria de transformação, que teve saldo de 2,5 mil empregos no ano. Na sequência estão a construção civil (2,4 mil vagas), agropecuária (1,1 mil), serviços industriais de utilidade pública (657), administração pública (264), e indústria extrativa mineral (167).
Avaliando só o mês de novembro, as demissões superaram as contratações no Espírito Santo em 2.616 vagas. O saldo positivo no mês também foi puxado pelo comércio (com 1,8 mil vagas) e pelo setor de serviços (1,4 mil).
O mês porém teve saldo de empregos negativo na construção civil (-319 postos de trabalho), na agropecuária (-247), indústria extrativa mineral (-64) e indústria da transformação (-11).
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