O governo do Estado pode começar, nos próximos dias, a entrar em contato com empresas e sindicatos patronais para alterar o horário de trabalho de algumas categorias. A medida, segundo o secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, tem como objetivo reduzir aglomerações no transporte público e o contágio do novo coronavírus.
Segundo o secretário informou em entrevista à jornalista Fernanda Queiroz, na rádio CBN Vitória, o horário de pico dos ônibus que compõem o sistema Transcol mudou devido à pandemia.
Antes o horário de pico era de 6h30 para frente. Hoje ele vai de 5h30 até 6h45, que é o horário dos trabalhadores da construção civil, disse Damascendo. Estamos solicitando a quem puder que mude o horário para depois das 6h45, quando os terminais ficam mais vazios, acrescenta.
Questionado se o pedido seria feito às empresas de construção, Damasceno disse que ainda está avaliando a medida junto ao governo. Estamos fazendo uma análise com o governador para ver se teremos mesmo a necessidade de fazer essa mudança. Mas, para nós, se esse setor começasse a trabalhar às 9h já seria um ganho, disse o secretário.
O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintraconst), Paulo César Borba Peres, o Carioca, informou que a mudança de horário de trabalho também é um pedido dos trabalhadores. Segundo ele, tal mudança reduziria o risco de contágio pelo coronavírus nas obras.
"Essa mudança tem dois lados positivos: a redução dos trabalhadores nos ônibus que é um desespero nos horários de pico; e a redução de aglomeração nas obras. Nossa ideia é que uma turma comece a trabalhar às 7h, outra às 7h30, outra às 8h... Aí cada turma almoçaria num horário diferente, bateria o ponto num horário diferente, sairia num horário diferente, e aí reduz a chance de pegar a doença", comenta.
"Nosso primeiro pedido é que tivéssemos férias coletivas, mas não sendo possível, essa alteração no horário já ajuda bastante", completa Carioca.
Damasceno disse ainda que os ônibus do Transcol estão circulando com uma redução de 75% no número de passageiros saindo de 600 mil por dia para 150 mil por dia. Ele garante que a redução dos ônibus em circulação não caiu na mesma proporção.
Começamos a operar com 60% da frota disponível, vimos que algumas linhas apresentaram problemas, fizemos alterações e agora elas estão operando normal, afirmou.
A orientação do governo é que os passageiros só andem sentados nos coletivos e respeitando as distâncias de segurança para reduzir o risco de contágio.
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