Point do coco na Praia de Camburi, em Vitória, vira cartão-postal

Se para alguns o verão é sinônimo de férias, para outros as temperaturas elevadas são uma oportunidade para empreender e ganhar uma renda extra. Vagner Barbosa da Silva, de 31 anos, é uma dessas pessoas e abre a segunda temporada da série de A Gazeta "Os reis do verão", que está de volta para mostrar, a cada semana, histórias de empreendedores de sucesso em balneários capixabas.

Há dois anos, ele vende água de coco na orla da Praia de Camburi, na Capital, e, desde que a nova pista de aterrissagem do Aeroporto de Vitória foi liberada para pousos, ele enxergou um atrativo a mais para a clientela: fez do espaço, que fica localizado bem embaixo da nova rota das aeronaves, um point de fotos com os aviões ao fundo.

Dito e feito. A primeira coisa que Vagner fez foi se informar sobre o horário de aterrissagem dos aviões e acabou descobrindo um aplicativo que mostra onde as aeronaves estão em tempo real.

Em seguida, preparou o seu espaço para que as pessoas se sentissem mais à vontade, com banquinhos e um pequeno cercado estrategicamente posicionados para tirar as fotos dos seus clientes no ângulo perfeito.

"As fotos são gratuitas, mas é por causa delas que as pessoas vêm até aqui. Elas bebem água de coco, se refrescam, sentam, conversam com os amigos e esperam os aviões para serem fotografadas e fotografar também. Gosto de tudo que eu faço e agora gosto ainda mais de vender água de coco e tirar essas fotos. Já conheço as cores e os tamanhos dos aviões e sei quais ficam melhores nas fotos", explicou Vagner.

Depois do clique com a câmera do celular, é hora de postar nas redes sociais para o conteúdo ser curtido e compartilhado. Uma das pessoas que sempre frequentam o espaço é o mineiro Rodrigo Tonini de Oliveira. Morador de Vitória há três anos, ele costuma levar a pequena Cecília, de 2 anos, ao local.

"Sempre que venho tem pessoas posicionadas, ansiosas para tirar foto. Já o Vagner fica tranquilo, pois sabe exatamente como fazer a foto. É uma estratégia que conquista todo mundo e fideliza os clientes. Os meus pais, por exemplo, quando vêm de Minas Gerais para nos visitar, ficam encantados, fazem fotos e tomam água de coco", comentou.

Além de cativar a clientela, a lucratividade do vendedor de cocos também melhorou cerca de 20%. Antes das fotos com os aviões ao fundo, sua venda era de 150 a 200 cocos diariamente; agora, são 300. Para o verão, o vendedor espera que os resultados sejam ainda melhores.

"Aqui fica cheio de turista e, com as férias escolares, o calçadão de Camburi está sempre cheio. A expectativa é vender cerca de 500 cocos por dia, e, claro, tirar muitas fotos", disse o vendedor.