Um ato de greve foi realizado na manhã desta quarta-feira (5) pelo Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro). Às 8h, representantes dos trabalhadores iniciaram a distribuição de 100 vouchers de R$ 2,00 desconto no preço do litro de gasolina. De acordo com o sindicato, a distribuição seria para os 100 primeiros veículos que chegarem em frente ao prédio da Petrobras, na Reta da Penha, em Vitória, onde ocorreu a manifestação. A distribuição seguiu até às 10h.
De acordo com o coordenador interino do Sindipetro, Valmisio Hoffmann, o movimento vem ganhando força em todo o Brasil. "Enquanto a empresa não sentar para negociar vamos continuar com as ações", afirma.
Na tarde de ontem uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que pelo menos 90% dos petroleiros sigam em seus postos de trabalho. O Sindipetro informou, no entanto, que vai recorrer da determinação e seguir com as manifestações.
Por conta da distribuição dos vouchers, uma fila de carros se formou em frente à sede da Petrobrás, na Reta da Penha, para conseguir o desconto. Até por volta das 7h, apesar dos veículos parados em fila, ainda não havia congestionamento na avenida.
O primeiro a chegar ao local foi o estudante Bruno Oliveira, 23, que está esperando desde 6h20. "Vim para apoiar o movimento e também pegar esse desconto. Gasolina está muito cara. É muito imposto que pagamos", reclama.
Quem também está na fila é a motorista de aplicativo Rodiene Ribeiro Ferreira, de 50 anos. "Achei uma boa forma de protesto. Não atrapalha o trânsito e ainda dá um descontinho na gasolina", conta, bem humorada.
Por nota, a Petrobras afirmou que "considera descabidas as justificativas apresentadas pelos sindicatos, uma vez que todos os compromissos firmados na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho vigente vêm sendo integralmente cumpridos".
A Companhia destaca que todas as medidas previstas nos padrões da empresa e na legislação trabalhista serão aplicadas quando cabíveis. Ressaltamos a imperatividade do cumprimento dos contratos de trabalho e da garantia das condições adequadas de operação. Destacamos que, até o momento, nossas unidades seguem operando dentro dos padrões de segurança, com acionamento de equipes de contingência quando necessário, completa o texto.
A Companhia vem atuando para garantir o acesso normal às unidades e o revezamento de turnos dos seus profissionais, ainda que se faça necessária a busca da Justiça, para fazer valer seus direitos, tendo obtido decisões liminares que garantam a continuidade e a segurança das operações. É válido lembrar que a companhia respeita integralmente todas as decisões da Justiça e espera o mesmo comportamento dos sindicatos que representam a categoria dos petroleiros, e também de seus empregados, informa a empresa.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta