A reativação de campos de petróleo em terra (onshore) no Estado deve gerar R$ 3 bilhões em investimentos até 2030. Isso porque um programa do governo federal vai abrir para exploração de empresas privadas de campos atualmente desativados. O Norte do Espírito Santo e sete Estados do Nordeste foram contemplados.
A informação é do gerente do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás, Durval Freitas. O Espírito Santo tem quase dois mil poços onshore, mas apenas 280 estão ativos. Nós já chegamos a produzir 25 mil barris de petróleo por dia, hoje estamos em 9 mil, afirmou ele à reportagem durante participação no Fórum Capixaba de Energia, o Fenergia, que aconteceu nesta segunda-feira (14), em Vitória. A exploração dos campos desativados já está disponibilizada em uma espécie de leilão de oferta permanente.
Durval explica que, com a ascensão da exploração no mar (offshore), a Petrobras não teve mais tanto interesse em explorar em terra. Agora, através da Agência Nacional de Petróleo (ANP), essas concessões vão passar para a iniciativa privada, disse.
O Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres (Reate 2020) do governo federal pretende duplicar a produção em dez anos em todo o país, passando de 270 mil barris diários para 500 mil.
A expectativa é de que, em dez anos, a produção dos campos em terra no Estado chegue a 50 mil barris por dia.
Os campos em questão ficam em cidades como São Mateus, Linhares, Jaguaré e Sooretama. Durval explica que apesar deles serem bem menores em comparação com aqueles operados pela Petrobras, a reativação desses campos pode gerar um grande impacto nessas cidades.
Eles geram emprego e renda. Produzindo 10 barris por dia, o empresário pode faturar R$ 90 mil por mês. Temos que incentivar os empresários, incentivar a todos a participar, afirmou.
Também está no radar dos empresários da região a construção de uma minirrefinaria para beneficiar o produto extraído desses campos que serão reativados.
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