A recuperação do setor de petróleo e gás natural vai impulsionar a retomada da economia capixaba, aponta um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). Atualmente, o Estado é o terceiro maior produtor de petróleo do país e o quarto de gás, e as atividades de exploração e produção representam 21% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Espírito Santo.
A Rota Estratégica para o futuro da indústria de óleo e gás no Estado, lançada na tarde terça-segunda-feira (28), aponta 258 ações que devem ser desenvolvidas para o crescimento do setor até 2035 (clique aqui para ver o documento). O estudo considera que em 10 anos o país vai estar entre os cinco maiores produtores do mundo e, com as ações apontadas, o Estado conseguirá usufruir dos benefícios do crescimento da produção nacional.
De acordo com o economista chefe da Findes, Marcelo Saintive, a médio e longo prazo, a expectativa é que o Estado se beneficie com isso. "Esse aumento de produção deve atrair mais empesas, investimentos e criar mais postos de trabalho em toda a cadeia do petróleo e gás natural. Queremos que o Espírito Santo seja reconhecido globalmente no setor como um local que tenha oportunidade e que atraia investimentos".
Além disso, fatores como a privatização de poços, a chegada de um novo navio-plataforma, o início novo mercado de gás natural e a desativação de campos (descomissionamento) vão impactar positivamento a geração de negócios no Estado.
Entre as ações da rota estratégica, estão 66 de curto prazo que poderiam reverter positivamente os impactos da pandemia do novo coronavírus para o setor. O economista aponta que rota estratégica é capaz de absorver a crise por meio de suas propostas, como capacitação das empresas para lidar com a crise e desenvolver novas tecnologia para o setor.
"O Estado aproveita pouco o potencial de desenvolvimento e inovação para o setor. Ele tem apenas 70 projeto em 10 anos, enquanto o Brasil todo produziu cerca de 10 mil. O Espírito Santo poderia fomentar essa área se focando no ensino e pesquisas nessa área", aponta.
O presidente da Findes, Léo de Castro, lembrou que os empregos no setor, até 2013, eram focadod na produção. A ideia é que as empresas que fazem parte da cadeia fornecedora passem a gerar mais empregos do que as de produção.
"Essa é uma agenda nossa, que as industrias se instalem no Estado para serem fornecedoras. Estamos trabalhando com o Sebrae que as micro e pequenas empresas tenho acesso a esse mercado. Nos últimos dois anos dobraram o número de empresas capixabas na cadeia fornecedora", disse.
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