Uma das pessoas que vive à espera do auxílio é a dona de casa Valéssia Ferreira de Souza, 33, que se mudou de Nova Venécia, onde recebia o benefício, para Ponto Belo. Mãe de cinco meninas, ela espera pela sexta criança - ainda não sabe se vai ser menino ou menina - Valéssia não tem condições para trabalhar e passa o dia torcendo para que o marido, José Nilton, encontre algum “bico” pela cidade.
Valéssia Ferreira de Souza
Donda de casa
"A gente não tem renda fixa. O trabalho dele é bico e ganha R$ 40 por dia. Só que não é todo dia que ele consegue trabalho. Eu recebia o Bolsa Família em Nova Venécia, mas vim para cá, mudei o cadastro e parei de receber"
Com as contas de aluguel e energia atrasadas, Valéssia lamenta a dificuldade para voltar a receber o benefício. “Eu só ganhava R$ 200, mas é um dinheiro que faz muita falta. O Bolsa Família podia ser usado para pagar essas contas. Hoje a gente vive de bico enquanto espera pela ajuda do Bolsa Família”, diz ela que conta também com o apoio das irmãs para sobreviver.
Angela Neris, gestora do Bolsa Família em Ponto Belo, destaca a dificuldade de atender pessoas que precisam do programa e que dificilmente vão conseguir.
“É lamentável ouvir as famílias e saber que elas têm direito ao benefício, foram incluídas no cadastro, mas não conseguem receber o auxílio”, diz.
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Gestores municipais do Bolsa Família têm reclamado de que os cadastros feitos no primeiro semestre deste ano não foram contemplados pelo programa. Em Domingos Martins, desde junho não são autorizados novos pagamentos. O município tem a menor taxa de atendimento do Bolsa Família em relação à meta estipulada pelo governo federal.
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