Os setores de alimentos, de material de construção e de artigos farmacêuticos têm contribuído para manter o consumo em alta no Estado em meio à pandemia do coronavírus. No entanto, a crise causada pela nova doença tem atingido de forma mais agressiva outros segmentos do varejo.
Essas empresas, mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento social e com a liberação para a reabertura, não conseguiram recuperar as perdas e ainda amargam contração nos negócios.
Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas no Espírito Santo tiveram crescimento de 0,7% em julho. O resultado ficou abaixo da média nacional, que avançou 5,2%, de acordo com o levantamento divulgado nesta quinta-feira (10).
Em comparação com o julho do ano passado, período pré-pandemia, o desempenho do varejo capixaba apresentou alta de 8,7%, de acordo com o levantamento. No acumulado do ano, devido ao período de isolamento social, que levou ao fechamento de lojas, o setor ficou com estabilidade.
Apesar da melhoria do cenário, os dados do IBGE mostram que apenas as vendas das lojas de materiais de construção, supermercados e de artigos farmacêuticos conseguiram ter resultado positivo.
Em julho, a alta foi de 11,7% em relação ao sétimo mês de 2019, no segmento de alimentos. Já as receitas das drogarias conseguiram crescer apenas 3,6% no período. O destaque ficou com a venda de material de construção, que aumentou 36,8%.
O pior resultado, de acordo com a pesquisa, é do segmento de livros, jornais e revistas, que teve queda de 25,8%. Também foram registradas retrações no faturamento do setor de combustíveis e lubrificantes (-19,2%), artigos de uso pessoal (-18%), tecidos e vestuário (15), equipamentos para material para escritório (-10,6%) e móveis e eletrodomésticos (-2,8%).
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