Gabriel de Melo Cardoso, 30 anos, vendedor de churros na Praia de Setiba  
Gabriel de Melo Cardoso, 30 anos, vendedor de churros na Praia de Setiba  . Crédito: Carlos Alberto Silva

Vestido de Chaves, vendedor de churros é atração em praia de Guarapari

Gabriel Cardoso, de 30 anos, reforça a renda durante a alta temporada e conquista os banhistas de Setiba com sua animação

Publicado em 02/02/2020 às 11h56

“Vamos comer churros?” Os apaixonados por “Chaves” sabem que essa frase foi muito falada na vila onde morava Dona Florinda, Dona Clotilde, Quico, Seu Madruga, Chiquinha e o próprio protagonista do seriado mexicano. A receita, feita por Dona Florinda para impressionar o Professor Girafales e também comercializada pelo Seu Madrugada, ajudando-o a sair de apertos financeiros, hoje também faz sucesso na Praia de Setiba, em Guarapari.

Há três anos, Gabriel Cardoso, de 30 anos, tem uma rotina diferente da habitual no verão. Todos os dias, após o almoço, ele veste bermuda, camisa listrada e uma boina e vai para o balneário vestido justamente de Chaves para comercializar churros de diversos sabores. 

Gabriel Cardoso

Vendedor de churros 

"Eu juntei uma coisa que eu gostava muito, que é o seriado, com a necessidade que eu tinha de ganhar uma renda extra. Deu muito certo"

Mas a história de Gabriel com o doce já existia bem antes das vendas na praia. Há dez anos, ele foi trabalhar em Belo Horizonte, Minas Gerais, em uma lanchonete de churros. Lá, aprendeu a fazer a massa, rechear e comercializar o produto. Suas primeiras vendas sozinho foram em rodeios do Estado mineiro e também no interior do Espírito Santo, principalmente no inverno. Mas, na época, ainda sem o figurino do Chaves.

RENDA EXTRA

Três anos atrás, porém, as coisas começaram a mudar. Natural de Guarapari, em 2017 Gabriel decidiu retornar para a cidade que nasceu. Apesar de também trabalhar como segurança patrimonial, ele queria uma renda extra para ter uma vida mais confortável. Foi aí que o Chaves de Guarapari nasceu.

“No início, fiquei receoso de vender na praia. Achava que churros e calor não combinavam muito. Comecei vendendo um dia sim e outro não para conciliar com o meu trabalho, e vi que dava certo. Em janeiro, quando estou de férias, vendo churros todos os dias, apenas no período da tarde, pois daí já é um sobremesa para os banhistas”, conta.

Gabriel de Melo Cardoso, 30 anos, vendedor de churros na Praia de Setiba  . Crédito: Carlos Alberto Silva
Gabriel de Melo Cardoso, 30 anos, vendedor de churros na Praia de Setiba  . Crédito: Carlos Alberto Silva

No verão, Gabriel vende cerca de 150 churros por dia, a R$ 5 cada, com sabores doces, como o tradicional doce de leite, além de chocolate, ninho com nutella e geleia de morango; e também salgados, de frango com catupiry. Apesar de saber fazer a receita, devido ao seu tempo escasso para a produção, hoje ele revende churros que são feitos por uma confeiteira da região.

“Como eu sei fazer, eu exijo uma qualidade muito boa para revender. Sei quando um churros está bom e quando não está. Faço questão de servi-los quentinhos. Também fico atento à higiene para comercializar. Tenho álcool em gel no bolso, e sempre dou guardanapo aos banhistas para evitar a sujeira”, garante o vendedor.

Segundo Gabriel, o segredo para as boas vendas é ter animação. “Sempre chamo alguém de Nhonho, Chiquinha ou Bruxa do 71. Quando não venho, as pessoas dizem que sentiram a minha falta. Tenho uma renda extra, mas também acabo me distraindo e esquecendo os problemas”, destaca.

E quando alguém não compra churros? “Pi-pi-pi-pi...”, é claro que o Chaves chora. l

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