O avanço dos casos de coronavírus pelo mundo leva os aeroportos e portos do Brasil a fecharem o cerco para evitar a proliferação do vírus pelo país. No Espírito Santo, apesar de não ter nenhuma notificação de caso suspeito, não é diferente.
A Aeroportos do Sudeste do Brasil (ASeB), que administra o terminal de Vitória, passou a emitir um aviso sonoro no aeroporto, alertando passageiros sobre as orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de prevenção ao novo coronavírus, que surgiu na China no final do ano passado. O comunicado é emitido em quatro idiomas: português, inglês, espanhol e mandarim.
No aviso, a Anvisa pede que o passageiro procure uma unidade de saúde caso apresente os sintomas após voltar da China. "Se você tiver febre, tosse ou dificuldade para respirar dentro de um período de até 14 dias, após a viagem para China, você deve procurar uma unidade de saúde mais próxima e informar a respeito da viagem", orienta a agência.
O aviso sonoro também traz dicas para evitar a transmissão da doença:
A Portocel, responsável por administrar o porto de celulose na Barra do Riacho, em Aracruz, garantiu que tem acompanhando todas notas técnicas e boletins informativos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Anvisa, além de mapear as rotas dos navios que atracarão no terminal e acompanhar as ações de fiscalização sanitária. Destacou ainda que tem feito ações rotineiras de segurança, como o preenchimento do relatório de saúde pelos comandantes das embarcações provenientes de área de risco informando ao órgão de vigilância sanitária sobre a saúde dos passageiros e tripulantes até 72h antes do navio chegar ao país.
A Petrobras informou que monitora a evolução do quadro de saúde pública causado pelo coronavírus. De forma preventiva, a estatal disse que as viagens programadas para a China foram suspensas. Em relação à exportação de petróleo para a China, não há alterações na programação e eventuais ajustes logísticos estão sendo estudados, de acordo com a empresa.
A Samarco disse que também segue no Terminal Marítimo, em Anchieta, o protocolo recomendado pela Anvisa, que define as medidas a serem adotadas em pontos de entrada frente aos casos do novo coronavírus. Entre os pontos desse protocolo, a Anvisa diz que servidores e trabalhadores que realizam abordagem em aviões e navios devem utilizar máscara cirúrgica em caso de contato com embarcações de áreas endêmicas. Já a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) afirmou que se mantém diariamente atualizada com as recomendações em relação ao coronavírus pela Anvisa para todo país, em especial o setor portuário, e que está preparada para cumprir o protocolo, "se a situação assim exigir".
Em relação ao coronavírus, a Vale disse que está seguindo as recomendações emitidas pelas organizações de saúde, especialmente a Anvisa, e monitora de perto os desdobramentos da situação.
A Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) também está estruturando um Plano Estadual de Enfrentamento e Controle do novo coronavírus, que será analisado em reunião, nesta quinta-feira (30), entre a pasta e a Anvisa.
Na reunião, de acordo com a Sesa, serão estabelecidas ações imediatas de prevenção e também de controle no Estado. "A Sesa esclarece que desde que o Ministério da Saúde alertou sobre a possível chegada do vírus no país, as vigilâncias municipais e a rede de saúde foram subsidiadas com informações referentes a identificação de sintomas desencadeados pelo novo coronavírus. Todos já estão orientados e instruídos a notificar a Sesa em caso suspeito", garantiu a secretaria em nota enviada para A Gazeta.
Até o momento, não houve notificação de casos suspeitos no Estado, segundo a Sesa. A doença já causou 170 mortes e tem mais de 7 mil casos confirmados pelo mundo. Em todo o Brasil, nove casos suspeitos da doença permanecem em investigação: três casos em São Paulo; dois em Santa Catarina; e um caso em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Ceará.
São pessoas, segundo o Ministério da Saúde, que apresentaram febre e pelo menos sintoma respiratório, e viajaram para área de transmissão local, a China, nos últimos 14 dias antes do início dos primeiros siais. Os demais não cumpriram a definição de caso, foram excluídos ou apresentaram resultado laboratorial para outros vírus respiratórios como o vírus Influenza A/H1N1, Influenza A/H3 e Rhinovirus.
Caso apareçam casos no Espírito Santo, veja os hospitais que serão considerados referências no Estado para o novo coronavírus:
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