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Fim da transmissão
Isolamento no ES
Renato Casagrande: "Se as pessoas não se sensibilizarem, não tem solução. São decisões de um país inteiro nessa direção, mas nós também nos Estados estamos tomando medidas de restrições. Estamos em torno de 47, 48% de isolamento. Já estivemos em torno de 62%. A dubiedade de orientação sobre a necessidade de isolamento atrapalha, deixa as pessoas em dúvida sobre o que fazer. A gente pode chegar a uma realidade de não ter um sistema de saúde em condição de atender todo mundo. Nós aqui no Espírito Santo estamos em uma situação melhor do que outros Estados. Não imaginávamos que a demanda por respiradores seria tão grande. Nos preparamos, mas essa preparação tem um limite da nossa autonomia. Temos uma deficiência grave na política industrial brasileira, ficamos dependentes de outros países. Chega em uma hora dessas, ficamos muito dependentes, colocando a população brasileira em risco".
Programa para Estados e municípios
Renato Casagrande: "Foi votado na Câmara, foi para o Senado... O Governo Federal sabe que se não socorrer os Estados, muitos vão quebrar. O ICMS é importante para o Sudeste e para Centro Oeste. O FPM e FPE é mais importante para Norte e Nordeste. Estados e municípios vão precisar. Não podemos fazer dinheiro, quem pode é o governo federal com emissão de títulos. Ausência de coordenação fica uma dubiedade na orientação aos brasileiros".
Fundo para MEIs
Renato Casagrande: "Fundo de aval exige registro na Receita Federal. Semana que vem o Banestes já estará recebendo propostas do microempreendedor, pequenas empresas... Hoje conversei com o presidente do Banco Central e tratei com ele das linhas de financiamento do Governo Federal, que começou hoje a operar uma outra linha de empresas, de proteção do emprego. Começou a operar hoje no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal. Temos o microempreendedor com financiamento, microempresa, pequena empresa com financiamento, a média empresa..."
"Tentativas de comprar respiradores foram frustradas"
Renato Casagrande: "A questão dos hospitais, estamos trabalhando com uma certa folga, um certo espaço. Temos 160 leitos preparados, 50% ocupados. Todo dia é assim. A cada dia, temos crescido o número de leitos. A cada dia estamos preparando mais leitos. A ideia é chegar até o final do mês com mais de 200 leitos preparados e, até julho, com 445 leitos preparados. Eu vejo pouco problema na estrutura física e na preparação do leito. Nosso problema por enquanto, ainda está preso a respiradores. Não estamos conseguindo comprar respiradores. Não estamos mesmo. Todas as tentativas que fizemos nos últimos dias frustraram. Diversos fornecedores na China, da Rússia, da Europa... Não conseguimos consolidar a compra. Hoje falei com o ministro Mandetta. Ele me disse o seguinte: 'governador, temos quatro empresas no Brasil que tinha condições de produzir 800 respiradores até agosto. Eu formulei um pedido ao Ministério da Saúde de 300 respiradores. Ele me disse que também não conseguiu comprar da Ásia. Quero repetir que estamos com todo esse cuidado do isolamento social porque não temos respiradores para todo mundo. Essa é a realidade desse momento. Temos leitos, mas não temos respiradores. Essa é uma limitação porque o mundo todo está consumindo respiradores, mas não estamos conseguindo comprar".
UTIs
Renato Casagrande: "Eu não tenho o relatório de hoje de internados. Tenho o relatório de ontem, dia 13. Ontem tínhamos um total geral de leitos para Covid, de UTI, 160. Desses, 96 leitos Covid isolamento. Tem o Covid corte, 64 leitos. 86 pacientes internados em UTI, sendo que 84 desses pacientes tinham síndrome respiratória aguda. 26 confirmados, 17 inconclusivos e o restante em análise. Sempre tem um número de pessoas internadas em leitos para coronavírus que não confirmaram coronavírus. Enquanto não define o tipo de virose, elas não podem ser encaminhadas para outro hospital. Por isso que na data de ontem, de 160 leitos de UTI prontos, tínhamos 53,75% dos leitos ocupados. Mas não todos confirmarão Covid. Uma parte dessas pessoas serão para outros tipos de viroses".
Igrejas e cultos
Renato Casagrande: "Nós temos poucos problemas com igrejas até agora. Pastores e padres têm cumprido com disciplina a não realização de cultos, missas, encontros... Têm mantido as igrejas abertas para acolhimento, apoio social e isso é muito importante. Nossa orientação continua a mesma. Pastores e padres têm responsabilidades e sabem que não pode aglomerar, pode fazer com que as pessoas fiquem doentes e percam a vida".
Divulgação por bairros
Renato Casagrande: "Estamos fazendo programação de atuação por município. Esse é o nosso objetivo, estamos elaborando mapa de risco com base de números de casos confirmados, suspeitos... Queremos concluir isso nos próximos dias. As informações de hoje já são mais robustas, temos mais dados para analisar na equação matemática. Quando divulgamos por bairro, é para alertar as pessoas. Vamos divulgar amanhã novamente para alertar a pessoa daquele bairro que ela está em um ambiente que exige mais cuidados".
Redes municipais
Vitor de Angelo: "Com as redes municipais, temos feito diálogos permanentes. As soluções são variadas. A solução do Google não se aplica aos municípios de um lado, porque não tem parecida com o Google. A solução da televisão está totalmente disponível, TV aberta, canais conhecidos e já informados à Undime. Há uma conversa nossa permanente, desde o início dessa pandemia com os municípios, e eles vão se aproveitar de uma parte dessa solução, que é a da televisão".
2020 - 2021
Vitor de Angelo: "Não discutimos isso ainda, com sindicatos e outros envolvidos com educação, porque a gente ainda está tateando, seguindo as orientações do governador e Sesa, tentando conhecer ainda esse cenário. Sem isso, é difícil fazer planejamento. Estamos traçando cenários semanais. Se voltar no dia 4 de maio, como seria a reposição? Uma semana depois, como seria? Podemos ter atividades aos sábados... O Espírito Santo não tem escolas com 800 horas, temos o novo Ensino Médio, com mais de 1 mil horas. Seja como for, essa discussão ainda não aconteceu".
Ano letivo será perdido?
Vitor de Angelo: "O ano não é perdido, mas é prejudicado, não só no Espírito Santo, mas no mundo todo. Isso tem um impacto na alimentação, mas também na aprendizagem. Tem convivência, políticas de saúde... É uma série de coisas que acontece na própria escola. A escola é fundamental para uma série de coisas que estão para além da educação. Quando ela fecha, é um prejuízo. O que estamos lançando aqui é para tentar diminuir esse prejuízo por agora. Quando voltarmos, soluções serão outras. Com a escola aberta, conseguimos voltar as soluções tradicionais. Haverá prejuízos? Certamente. Mas não é uma particularidade nossa".
Orientação do MEC e escolas particulares
Vitor de Angelo: "O MEC não deu nenhuma orientação. Cada secretaria tem respondido por maneira distinta, buscando por soluções que são razoavelmente parecidas. Com relação às escolas particulares, elas seguem os decretos do governador. Neste momento, muitas delas já desenvolvem atividades remotas".
Programação para os alunos
Vitor de Angelo: "A nossa proposta é que, pela TV, tenhamos conteúdo curricular. O portal da própria emissora também vai disponibilizar o conteúdo para nós, se em um segundo momento alguém quiser assistir por ali... A programação vai passar na TV na segunda, quarta e sexta, com reprise terça, quinta e sábado. Pela plataforma Google não teremos conteúdo, mas mediação do professor junto ao aluno em relação ao conteúdo, e o professor pode fazer uma avaliação, quiz, exercício, o que ele bem entender. Sobre as senhas, essas informações estarão todas nos sites, já estão com os diretores que poderão ser ponto de apoio para orientar os alunos. Inicialmente não vai contar como dia letivo. O Conselho Nacional de Educação ainda está debatendo isso, sobre como as redes devem proceder ao longo da pandemia e depois dela".
"Objetivo é proteger vidas"
Renato Casagrande: "Nosso objetivo e prioridade é proteger vidas. A educação pública é uma proteção para a sociedade. Isso é importante para, cada vez mais, conhecermos a realidade. O Estado vai estar conectado, a partir de amanhã, às famílias das escolas públicas capixabas. Não é uma saída definitiva, mas é uma excelente iniciativa tecnológica. A crise também nos dá a possibilidade de pensar em alternativas".
Volta às aulas
Vitor de Angelo: "Alunos, professores e servidores voltarão dessa pandemia diferentes. Nós vínhamos fazendo trabalho consistente na área propriamente socioemocional, e vamos direcionar o nosso foco para esse momento da volta. Vamos, também garantir a aprendizagem de modo inclusivo. Vamos nos dedicar de agora para frente até a abertura das escolas. Uma consequência esperada é que muitos alunos tendem a evadir. A tendência é que isso aumente. Esperamos que não, mas se isso ocorrer, também estamos desenhando ação de busca ativa específica para alunos que evadirem nesse primeiro semestre em razão da pandemia".
Parceria com o Google
Vitor de Angelo: "Renovamos a parceria com o Google há dois meses e, portanto, enquanto outros Estados buscaram soluções novas, pagas, apostamos no aprofundamento dessa relação com o Google porque já demos várias formações a professores e servidores nas funcionalidades do Google, muitas das nossas escolas já usam a plataforma. Isso os exigiu um esforço de tecnologia grande porque, afinal, iríamos patrocinar o acesso à internet desses alunos, o Google não trabalhava apenas com um IP. Tivemos, através do Prodest, que fazer toda uma solução de T.I., criando um app, a partir do qual teremos acesso pago pelo governo para que alunos e professores acessem o app Sala de Aula. Teremos plataforma que espelha as salas da realidade. Demoramos a anunciar essas medidas porque algumas dessas soluções estavam sendo preparadas. Geramos todos os logins de 240 mil alunos e de todos os professores nos últimos dias".
Programa Aula em Casa
Vitor de Angelo: "É uma parceria com a Rede SIM, e a transmissão será pelos canais 8.2, 8.3 e 8.4. Desde 2017 o Amazonas está desenvolvendo um trabalho muito bom, com intuito de chegar com o conteúdo em cidades de difícil acesso e comunidades ribeirinhas. Como as escolas lá também foram fechadas, eles tomaram a decisão de redirecionar o conteúdo para alguns canais de televisãol. A partir das 8h de amanhã, nesses três canais estaremos transmitindo toda nossa programação do EscoLAR. Teremos conteúdos simultâneos para todas as séries".
EscoLAR
Vitor de Angelo: "Ele não surge por causa da pandemia mas é uma resposta, uma vez que as escolas estão fechadas. Vamos continuar com as atividades não pedagógicas. O site vai se disponibilizar ao longo desta tarde: www.sedu.es.gov.br/escolar. Lá terão todas as informações necessárias para os pais. Na semana passada, criamos um documento chamado "Diretrizes Operacionais 2020" que consta todo o detalhamento de como funcionará o EscoLAR. Lá tem um passo a passo. Quem faz o que e quais são as alternativas".
BID
Vitor de Angelo: "Banco Interamericano de Desenvolvimento: vínculo entre estudante-professor e família-escola. Precisa ter uma continuidade desse vínculo. O conteúdo alinhado ao currículo escolar, além da necessidade de acompanhar e monitorar o processo da aprendizagem ao longo desse período. A Secretaria de Estado da Educação está propondo, a partir de amanhã, ações estruturadas contra o coronavírus. O programa EscoLAR, a transmissão pela TV aberta, o uso do app Google Sala de Aula e o Circuito de Gestão".
Impactos na área da educação
Vitor de Angelo: "Essa pandemia tem impacto em várias áreas, também na educação. Alguns deles são perceptíveis. O primeiro é o fechamento das escolas. A partir disso, há também a interrupção da alimentação escolar, perda de rotina, descontinuidade da aprendizagem, aumento da evasão escolar e aprofundamento da desigualdade social. Vivemos em um país desigual. Há desigualdade dentro da nossa própria rede. É preciso reconhecer que a pandemia tem, como um dos impactos negativos, que a desigualdade social se aprofunde".
Novo programa: EscoLAR
Renato Casagrande: "Estamos lançando hoje um programa chamado EscoLar. Atividades pedagógicas não-presenciais para atingir 240 mil alunos, envolver professores e diretores nessa atividade. Vai estar ancorada numa transmissão de canal aberto: 8.2, 8.3 e 8.4. O conteúdo deste canal aberto é parceria que o Estado fez com o governo do Estado do Amazonas. É para que os alunos não percam o contato com a educação. Estudante vai ter acesso ao conteúdo do currículo que o professor orientar, de atividades não presenciais. São atividades para envolver escola e aluno, para que ão fique afastado, não perca contato com a educação. Junto com a TV, a Prodest desenvolveu um aplicativo escolar, o aluno e o professor vão baixar, vai ter acesso ao Google sala de aula, vão ser constituídas salas de aula virtuais, o conteúdo será passado para o aluno por esse aplicativo, independente de ter rede de internet ou não. Estamos contratando as operadoras de internet para chegar até o celular do estudante, o contato e a comunicação com o estudante neste momento através do Android. No iOs ainda não está disponível".
Educação
Renato Casagrande: "Desde o dia 17 estamos sem aula. Tivemos semana de transição, sem aula, professor estava presente lá e toda a equipe pedagógica, mas desde o dia 17 não temos aula efetivamente. Estamos chegando perto de um mês. Neste tempo construindo alternativas para que a gente possa chegar até os alunos atividades pedagógicas".
Financiamento
Renato Casagrande: "Inicialmente vamos financiar projetos de até 360 mil, também estamos estendendo o fundo de aval para pequena empresa R$ 4,8 milhões. Para mais empresas terem direito e acesso ao crédito e linhas de financiamento do Banestes e Bandes".
Suspensão do Refis
Renato Casagrande: "Suspendemos por 90 dias o efeito de atraso para quem tem Refis - quem tem débito com o Estado. É uma decisão que abre mão de multas, reduz a dívida do contribuinte com o Estado, na lei atual pode atrasar por até 60 dias. Portanto, suspendemos por 90 dias. Não vai ter a negociação interrompida, nem vai perder o direito de quando parcelou o débito".
EPIs para municípios
Renato Casagrande: "Quero informar que nós, hoje, começamos a encaminhar aos municípios 96,8 mil toucas, 78.550 de óculos de proteção, 34.300 de álcool líquido 70% e 65.900 litros de álcool gel. Esse material está indo para os municípios como contribuição do Estado. Também foi encaminhado o kit de coleta de amostra. Compramos 33 mil kits, já foram encaminhadas aos municípios".
No Brasil
Renato Casagrande: "Hoje tem sido um dia pesado para o Brasil. Quase 2 mil casos a mais confirmados... Mais de 200 pessoas perderam a vida hoje. Esses números mostram para nós a radiografia do Covid-19 no Espírito Santo e no Brasil a fora".
15 mil testes
Renato Casagrande: "Como disse ontem, a cada quatro casos investigados, um testa positivamente. Ontem falei em relação aos testes, de 50 mil que não deu certo no primeiro momento, recebemos ontem 15 mil testes PCR da Petrobras, parceria da empresa com o Ministério da Saúde. Com mais testes, faremos mais análises e isso vai nos dando a base de informação que queremos ter até o sábado, para tomar decisões importantes".
1 nova morte
Renato Casagrande: "Uma pessoa perdeu a vida hoje. Era de Cariacica e estava internada no Jayme dos Santos Neves, na Serra".
94 novos casos
Renato Casagrande: "Hoje temos a companhia do secretário de Educação, Vitor de Ângelo. Antes disso, alguns números de hoje são importantes: de ontem para hoje, testamos em torno de 378 amostras e, até agora, confirmadas 94 pessoas que testaram positivo".
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