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Fim da transmissão
Projeções
"O que tenho certeza é que nossas medidas estão causando efeitos, e os números vão contar isso nos próximos dias. Temos projeções até o final deste mês, do número de casos... Mas ainda não apresentamos essa informação porque temos divergências internas do governo e da academia, que estamos ajustando. Estamos construindo a necessidade do número de leitos a cada dia. Projeções precisam ser ajustadas. Hoje mesmo fiz reunião com infectologistas, matemáticos. Uma reunião longa para tratar desse tema. Estamos trabalhando nessa modelagem para ter uma base de planejamento mais adequada".
Norte do Estado
"Sempre atendemos pessoas da Bahia e de Minas Gerais. Temos 18 leitos de UTI preparados e reservados para Covid-19 no Hospital Roberto Arnizaut Silvares, com respiradores inclusive. A prioridade é requisitar hospitais particulares com pouca atividade para aliviar, por exemplo, o Jayme dos Santos Neves. Estamos tirando atividades do Jayme e transferindo para outros hospitais, para ir deixando o Jayme quase exclusivamente para o coronavírus".
Pico no ES
"Discutimos isso um pouco em outros momentos. Da segunda quinzena de abril, entrando em maio, vamos ter velocidade maior. Não tenho conhecimento técnico, mas estou vendo as curvas crescendo de forma exponencial. A tendência é crescer. O pico de uma pandemia como essa não significa que vai descer. Ela pode formar um platô, e ficar diversos dias nesse topo para depois começar a reduzir. Até porque não temos tratamento, não temos vacina para essa doença, para o vírus. Então mesmo que a gente passe esse pico da pandemia, nós, cidadãos brasileiros, mundiais, vamos ficar por muito tempo com esses hábitos de higiene como obrigação, com isolamento como obrigação. Mesmo que a gente passe por esse momento, disciplina precisa continuar".
Serviços essenciais
"Não vou dizer que a gente tem que apertar a atividade econômica. Temos que observar. Se a gente puder flexibilizar, vamos. Se não pudermos, não vamos. Se o governo federal assumir responsabilidades, tomando medidas de ampliar a relação de atividades essenciais, é direito que tem de fazer. Estamos trabalhando muitas vezes em sintonia com o Ministério da Saúde, mas que possam estar atualizados com o Espírito Santo. Se a gente errar, vamos errar pelo excesso".
221 testes hoje
"No dia de hoje, 221 pessoas foram testadas. Semana passada, chegou o kit de coleta de amostras. Compramos 100 mil e estamos distribuindo para os municípios, para que possam mandar as amostras das pessoas que estão com os sintomas. As amostras que chegam, testamos no dia seguinte. A partir do momento que chegarem nossos testes que compramos e poderemos testar mais pessoas, nós mesmos vamos coletar mais amostras de pessoas que não estão com sintoma nenhum, para fazer uma amostragem. Às vezes a pessoa se contagiou e não sabe".
Crescimento de casos positivos
"Nós nos preparamos para um certo nível de pandemia. Inicialmente 300 leitos, agora com a possibilidade de chegar a 400. O número de leitos está encaminhado. O nosso problema para esses leitos são os respiradores. O mundo está comprando esse equipamento. Temos, hoje, leitos resolvidos em torno de 250. Em Itapemirim, um hospital construiu 20 leitos de UTI, fizemos a contratação para outras enfermidades. Não dá para dizer ainda se estamos completamente seguros. Se a pandemia tiver crescimento muito forte, pode sufocar o sistema de saúde daqui a um, dois, três meses. No Amazonas já tem um debate que o sistema de saúde colapsou. Sabemos que essa crise pode ser mais longa e vamos nos preparar cada vez mais. Por isso o nosso pedido para as pessoas usarem de tudo o que tiverem, para ter disciplina, disciplina asiática para não fazer a transmissão do vírus".
EPIs
"Ainda não resolvemos, estamos resolvendo. Compramos 3 milhões de máscaras que estão vindo da China. Estamos fazendo máscara de pano, que é lavável. Temos uma estrutura de contratação que, nos próximos dias, grande parte desses assuntos estará resolvido. São as nossas prioridades. Aqui no Estado, boa parte do que precisamos estamos contratando aqui para dar conta do recado e resolver".
Vitória e Vila Velha
"A Grande Vitória toda nos preocupa muito. Em Vitória, Vila Velha e Serra os casos têm crescido muito. Tenho preocupação também com Cariacica, Viana, Guarapari. Temos uma mancha urbana toda conectada, ligada. Exige um cuidado ainda maior das pessoas. Precisam ter muita cautela porque, sem cuidado, você pode ser contaminado pelo vírus. Os dados mostram que cada vez mais devemos ficar restritos ao contato físico. O transporte urbano é um problema, as feiras livres, supermercados... Temos assuntos para resolver ainda e precisamos pedir cada vez mais a colaboração das pessoas para a realidade que a gente tá vivendo".
O que falta
"O que está faltando para o Estado é respirador. A nossa orientação é para que as pessoas usem máscara. Não como salvaguarda, para reduzir seus atos de prevenção e distanciamento. Mas é uma proteção a mais. Saber manusear, não colocar a mão no rosto toda hora... Isso estamos resolvendo no Estado. Sistema prisional está produzindo máscaras, empresas estão ajudando... O que não conseguimos resolver ainda são os respiradores. Desde janeiro estamos nos preparando para ter leitos, mas não temos conseguido na mesma proporção o número de equipamentos. É o maior problema que temos enfrentado. No Sul do Estado, preparamos dois hospitais. Ainda estamos em uma busca frenética, intensa, para conseguir mais respiradores".
Flexibilização
"As decisões sempre serão acompanhadas de decisões técnicas. Só vou me orientar pelo parecer da Sesa, da academia ou do Ministério da Saúde para tomar novas medidas".
Aulas e fiscalização
"O presidente da República publicou um decreto que permite que as geradoras de televisão possam utilizar os canais para conteúdo interativo. Iríamos lançar as atividades não-presenciais hoje, mas tivemos um atraso. O decreto foi bom, permitiu que outras empresas pudessem participar para gerar uma banda paralela de conteúdo educativo. Com relação à fiscalização, fizemos uma reunião da Grande Vitória hoje a tarde e vamos dar apoio total ao município. A Polícia Militar vai dar um suporte. Em um segundo momento, outras medidas serão tomadas se necessário".
Mapeamento e medidas
"Em uma região, num município, em que o risco é leve... Podemos dar orientação. Para que as pessoas possam reduzir interação, mobilidade, manter distanciamento social, isolar pessoas de risco... Isso em um formato de orientação. Se a situação for extrema, a gente pode determinar. Conseguindo montar esse mapa de risco leve, moderado, severo e extremo, poderemos tomar medidas diferenciadas em cada região. Isso só será possível na hora que nossa base de dados for suficiente para nos dar segurança".
Flexibilização do comércio e críticas
"Eu vejo com naturalidade. Se a gente não flexibiliza nada, somos criticados, se flexibilizamos, somos criticados. Isso expressa aquilo que as pessoas são. Algumas têm sempre opinião a dar, é natural, é bom que seja assim. Mas tomamos decisões com muita responsabilidade, de forma antecipada. Temos hoje, infelizmente, seis pessoas mortas. Se a gente não tivesse tomado medida nenhuma, esse número seria muito maior. Quem governa, não está imune à crítica. As críticas de quem quer ajudar são muito bem-vindas".
Subnotificação
"Lógico que há no Brasil todo. Eu disse aqui que, mesmo com poucos testes, testamos o dobro do que o Brasil testa. Nós não estamos testando todas as pessoas, nem temos amostragem suficiente para dizer quantas pessoas estão com coronavírus. Aumentamos a capacidade do Lacen, compramos testes com recursos próprios, estamos articulando mais testes com o Ministério da Saúde. Não paramos de testar dia nenhum".
258 testes
"O Brasil faz 258 testes por milhão de habitantes. Nós testamos fazendo o dobro. Temos um fluxo grande que permitirá que a gente avance com esse mapa. É bom que a gente compreenda a necessidade de ser muito disciplinado numa hora como essa. A disciplina é fundamental porque, sem ela, vamos exigir muito do sistema de saúde. Preparamos para ter 300 leitos de UTI, ainda não temos todos os respiradores. Estamos em um processo de articulação e compra, temos para 250 leitos. Precisamos continuar nesse caminho de reduzir a interação, aumentar o distanciamento social e isolar os grupos de risco".
Divulgação por bairro
"Pedi para fazer a divulgação por bairro de quem testou positivo. É importante que as pessoas saibam que no seu bairro tem alguém que testou positivamente ou não. As pessoas terão mais cuidado na hora de circular pelo bairro. Nas próximas horas, talvez amanhã, vamos começar a fazer apresentação do nosso boletim por bairro. Vai ter no site. O vírus começou com as pessoas que viajaram para fora do país - agora já está dentro dos bairros mais adensados, mais populares. Infelizmente com mais facilidade de propagação".
Mapa de risco
"Vamos fazer mapa de risco - por município, região e macrorregião. Se tem risco leve, moderado, severo ou extremo. O mapa de risco está sendo elaborado, com metodologia pronta".
46 novos casos
"46 casos novos aqui no Estado, foi o maior número de testes positivos desde quando começamos a testar. Nossa compra de novos testes deve chegar nas próximas horas, 50 mil testes. E aí vamos testar pessoas com os sintomas e as assintomáticas. Nossa estratégia é fazer um mapa de risco no Espírito Santo".
Ponto facultativo
"Nós decretamos amanhã ponto facultativo, que é uma tentativa a mais para que a gente diminua a interação. Para tirar as pessoas de circulação, para que as pessoas fiquem em casa. Ponto facultativo é para que a gente avance no distanciamento social e no isolamento das pessoas dos grupos de risco. Quinta, sexta, sábado e domingo, final de semana prolongado".
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