Na mesma noite, as filhas da Milena Gottardi praticamente perderam a mãe, o pai e avô paterno. Não da mesma forma, mas no mesmo crime.
A partir de 14 de setembro de 2017, quando a médica foi baleada na cabeça ao sair de um hospital em Vitória, as mudanças começaram na vida das meninas: casa, cidade, escola, amigos, além da ausência do pai e da mãe.
As mudanças também atingiram o tio, que morava fora do país com a esposa, e precisou voltar às pressas. Com a morte da Milena, em 15 de setembro, Douglas Gottardi assumiu a guarda das sobrinhas dias depois.
Dois anos após o crime, Douglas e a mãe, a aposentada Zilca Gottardi, de 73 anos, abriram a casa da família, em Fundão, para a reportagem do Gazeta Online e contaram como as crianças - hoje com 4 e 11 anos - estão, se elas têm contato com o pai e o que dizem sobre a mãe.
A CARTA
Douglas relembrou quando a irmã pediu em vida que ele cuidasse das sobrinhas, como descobriu a carta deixada por Milena e o que mudou na vida dele após assumir a guarda das meninas.
O irmão também diz como foi contar para a mais velha que o pai e o avô eram apontados pela polícia como mandantes da morte da mãe.
ENVOLVIDOS NA MORTE
O policial civil Hilário e o pai dele, Esperidião Frasson, foram denunciados como mandantes do crime. Eles teriam contratado dois intermediários, Hermenegildo Palauro Filho e Valcir Dias, para ajudar no crime e contratar um atirador.
Dionathas Alves é apontado como a pessoa que realizou o disparo. Ele, por sua vez, solicitou ao cunhado Bruno Broetto uma moto, que foi usada no crime. A data do júri popular de Hilário, Esperidião, Valcir e Hermenegildo já pode ser marcada.
SÉRIE
De segunda a sexta, o Gazeta Online vai publicar uma série de reportagens, em vídeo, sobre os dois anos do assassinato da médica oncopediatra que chocou o Espírito Santo. Acompanhe.
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