O isolamento social tem sido difícil, mas necessário principalmente para as pessoas idosas, que fazem parte do grupo de risco do novo coronavírus. Mas, apesar do distanciamento físico, neste domingo de Páscoa (12) uma cena de afeto chamou atenção em Jardim Camburi, em Vitória.
Sem ver o neto desde o dia 13 de março, o casal Clever Costa e Maura Mayrink arrumou um jeito especial de fazer com que o Benício, de 4 anos, se sentisse lembrado nesta festa cristã. Eles usaram uma corda para entregar, da sacada do prédio onde moram, ovos de Páscoa para o pequeno.
"Esta semana, quando falava com meu neto por telefone, ele me mostrou a cartinha que estava escrevendo para o coelhinho da Páscoa. Aquilo mexeu comigo. Mas, como estamos cumprindo o protocolo de ficar em casa, porque somos do grupo de risco, não podemos sair e ter contato. Foi então que veio a ideia de usar a corda para levar o ovo daqui de casa para ele", contou Maura Mayrink.
Os ovos foram entregues ao neto durante a manhã, quando ele passou pela rua para desejar Feliz Páscoa aos avós. Segundo a mãe da criança, a técnica em segurança do trabalho Kamilla Maryink, o filho ficou emocionado.
"Fomos de carro até lá e, quando paramos, eles disseram que era pra esperar porque eles tinham uma surpresa. De repente começou a descer uma sacola com ovos de Páscoa e bilhetes de saudade. Meu filho ficou emocionado, porque ele sente muita falta de estar com meus pais, mas entende que agora a gente precisa ficar separado", contou Kamilla.
Para Maura, atitudes simples como esta lembram as pessoas do amor que elas sentem, umas pelas outras, e que é possível demonstrar afeto mesmo a distância.
"A vontade que a gente tem é de abraçar, mas entende que não pode. Temos muita saudade, mas isso é temporário. Cumprindo todas as orientações de isolamento, logo estaremos juntos", concluiu.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta