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Secretário da Justiça do ES explica rotina nos presídios após coronavírus

Secretário da Justiça do ES explica rotina nos presídios após coronavírus

Secretário de Estado da Justiça, Luiz Carlos Cruz, explicou como a secretaria tem trabalhado para evitar novas transmissões e deu detalhes dos registros dentro do sistema prisional

Publicado em 27 de abril de 2020 às 08:25

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Luiz Carlos Cruz, secretário estadual de Justiça
O secretário estadual de Justiça, Luiz Carlos Cruz, disse que a Sejus trabalha e orienta os profissionais a reforçarem os protocolos de segurança nos presídios do ES . (Reprodução/TV Gazeta)

Espírito Santo contabiliza seis casos de infecção por coronavírus dentro dos presídios do Espírito Santo e uma morte já foi provocada pela doença. O óbito foi contabilizado na última semana e a vítima era um detento do Complexo de Viana, porém estava em prisão domiciliar por apresentar comorbidades.

O secretário de Estado da Justiça, Luiz Carlos Cruz, em entrevista ao Bom Dia ES, da TV Gazeta, na manhã desta segunda-feira (27), detalhou os casos existentes e explicou que a morte não ocorreu dentro do sistema prisional.

Secretário da Justiça do ES explica rotina nos presídios após coronavírus

"Hoje temos seis casos confirmados e essa morte ocorrida não foi detectada dentro do sistema prisional. Esse caso não entra na contabilização dos seis existentes. O preso que veio a óbito, já estava em casa desde o dia 15 (de abril) e veio a falecer no Jayme (Hospital Dr. Jayme Santos Neves, de referência para coronavírus na Serra) no dia 22. Ele foi para o regime domiciliar, foi monitorado pela tornozeleira eletrônica, mas apresentou agravamento do estado de saúde já estando em casa", especificou o secretário.

O chefe da pasta da Justiça também deu detalhes das medidas preventivas nos presídios, além de apontar as prováveis causas para a contaminação de internos.

"Desde o início (da pandemia), estamos seguindo as recomendações do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) principalmente e fizemos uma relação de todos os presos que poderiam estar em grupos de risco, por apresentar idade avançada ou os dois fatores juntos. Isso foi encaminhado e dado publicidade tanto para a Defensoria, Ministério Público e Poder Judiciário. Criamos um protocolo de saúde para a Covid-19 e nele previa as formas de transmissão, seja local, importada ou comunitária e, por isso, as visitas ficaram abertas até o nível de transmissão local. Desde que passou a ser comunitária, a visitação foi encerrada", salientou Luiz Carlos Cruz.

PROTEÇÃO AOS INSPETORES

Além dos detentos, a preocupação da doença também paira sobre os profissionais que atuam dentro dos presídios. A Associação dos Inspetores Penitenciários do Espírito Santo indica que o medo é um fator presente, especialmente em decorrência da pandemia, além da rotina já perigosa da profissão. O secretário estadual também especificou como são os procedimentos para que se garanta a segurança da saúde também dos agentes.

Complexo Prisional de Viana
Seis detentos do sistema prisional do estado testaram positivo para Covid-19. (Divulgação/Sejus)

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"Como todos nós, a grande prevenção da doença é a higienização de mãos com água e sabão, o uso de álcool em gel e máscaras. O medo maior é o inspetor penitenciário transmitir para os presos, já que eles estão em isolamento. Então todo o equipamento de EPI foi distribuído e a conscientização da rotina em relação aos protocolos de higiene são repassadas de forma exaustiva", finalizou.

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