O Espírito Santo contabiliza seis casos de infecção por coronavírus dentro dos presídios do Espírito Santo e uma morte já foi provocada pela doença. O óbito foi contabilizado na última semana e a vítima era um detento do Complexo de Viana, porém estava em prisão domiciliar por apresentar comorbidades.
O secretário de Estado da Justiça, Luiz Carlos Cruz, em entrevista ao Bom Dia ES, da TV Gazeta, na manhã desta segunda-feira (27), detalhou os casos existentes e explicou que a morte não ocorreu dentro do sistema prisional.
"Hoje temos seis casos confirmados e essa morte ocorrida não foi detectada dentro do sistema prisional. Esse caso não entra na contabilização dos seis existentes. O preso que veio a óbito, já estava em casa desde o dia 15 (de abril) e veio a falecer no Jayme (Hospital Dr. Jayme Santos Neves, de referência para coronavírus na Serra) no dia 22. Ele foi para o regime domiciliar, foi monitorado pela tornozeleira eletrônica, mas apresentou agravamento do estado de saúde já estando em casa", especificou o secretário.
O chefe da pasta da Justiça também deu detalhes das medidas preventivas nos presídios, além de apontar as prováveis causas para a contaminação de internos.
"Desde o início (da pandemia), estamos seguindo as recomendações do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) principalmente e fizemos uma relação de todos os presos que poderiam estar em grupos de risco, por apresentar idade avançada ou os dois fatores juntos. Isso foi encaminhado e dado publicidade tanto para a Defensoria, Ministério Público e Poder Judiciário. Criamos um protocolo de saúde para a Covid-19 e nele previa as formas de transmissão, seja local, importada ou comunitária e, por isso, as visitas ficaram abertas até o nível de transmissão local. Desde que passou a ser comunitária, a visitação foi encerrada", salientou Luiz Carlos Cruz.
Além dos detentos, a preocupação da doença também paira sobre os profissionais que atuam dentro dos presídios. A Associação dos Inspetores Penitenciários do Espírito Santo indica que o medo é um fator presente, especialmente em decorrência da pandemia, além da rotina já perigosa da profissão. O secretário estadual também especificou como são os procedimentos para que se garanta a segurança da saúde também dos agentes.
"Como todos nós, a grande prevenção da doença é a higienização de mãos com água e sabão, o uso de álcool em gel e máscaras. O medo maior é o inspetor penitenciário transmitir para os presos, já que eles estão em isolamento. Então todo o equipamento de EPI foi distribuído e a conscientização da rotina em relação aos protocolos de higiene são repassadas de forma exaustiva", finalizou.
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