O homem de 57 anos que morreu vítima do novo coronavírus (Covid-19) era uma pessoa de fé. Das poucas vezes que saía, o destino era a igreja. E foi nesse ambiente, conforme levantamentos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que ele pode ter sido infectado.
A igreja, situada em um bairro da Serra, manteve suas reuniões presenciais, segundo o secretário, mesmo após as recomendações à população de evitar aglomerações para conter a disseminação da doença. Os templos religiosos não poderiam reunir mais de 50 pessoas em suas celebrações.
De denominação evangélica, a igreja resolveu mudar a conduta após vários integrantes aparecerem com sintomas gripais, entre os quais o homem de 57 anos. Como se trata de um caso de transmissão comunitária, não foi possível à Sesa detectar a origem da contaminação. Agora, as celebrações podem ser acompanhadas pela internet.
O homem começou a apresentar os primeiros sintomas no dia 18 de março e, seis dias depois, deu entrada no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, já com quadro de prostração e dificuldades respiratórias. Na noite de quarta-feira (1º), ele morreu em decorrência da doença. Na mesma unidade, há outros membros da igreja internados, assim como em um hospital da rede particular do município.
"Há outros internados da mesma igreja. Tudo isso por uma irresponsabilidade de lideranças religiosas. Tanto é que tentaram esconder o que estava acontecendo, negaram que havia membros contaminados pelo coronavírus", conclui o secretário Nésio Fernandes.
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