“Deus escolhe os pequenos para fazer grandes obras”. Com esta frase, a fundadora do Mães que Oram pelos Filhos, Angela Abdo, resume a escolha do Estado do Espírito Santo para o início do movimento que reúne fielmente mais de 62 mil mulheres, a cada semana, pelo mundo.
A iniciativa, que começou com cinco mulheres em Vitória, hoje tem mais de 2 mil grupos registrados no Brasil e 30 no exterior: Alemanha, EUA, Japão, Hong Kong, Dubai, Argentina e Cuba estão nessa lista. Segundo a fundadora, o número de pessoas envolvidas chega a 200 mil, contando com os eventos realizados ao longo do ano e com os participantes que não vão todas as semanas.
Angela é uma mulher com carreira consolidada, que trabalhava 18 horas por dia, dava aulas em cinco faculdades e prestava consultoria para grandes empresas do Estado e viu a vida a ser transformada após a publicação do livro “Mães que Oram pelos Filhos”, em 2013.
Antes de a Organização Mundial de Saúde declarar que o mundo vivia uma pandemia por conta do novo coronavírus, a reportagem foi à casa dela, na Capital, para uma conversa do projeto #Gazeta Entrevista.
Graduada em Serviço Social, Angela já foi presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) e diretora do Vitória Apart Hospital. Casada há 45 anos, mãe de dois filhos e avó de cinco netos, na conversa (veja no vídeo acima), ela revela como a sua visão do que é ser mãe mudou após participar do grupo.
Ao longo desses anos, muitas foram as histórias de fé e de milagres presenciadas pela coordenadora. Entre elas, a de um menino de 2 anos que nunca havia saído do hospital e precisava de um rim, a reconciliação de casais e outras conquistas (assista no vídeo).
MORTE DA MÉDICA JAQUELINE
Os fatos marcantes, como a morte da médica Jaqueline Colodetti, que desapareceu em abril de 2018, na Região Serrana do Espírito Santo, e participava do movimento, também fazem parte da entrevista. No dia em que o corpo foi encontrado, milhares de mães estavam reunidas em oração na Canção Nova, em São Paulo.
Veja também os depoimentos de mulheres que tiveram as vidas mudadas após conhecerem o Mães que Oram e se aproximarem mais de Deus.
QUANDO COMEÇOU
Antes de o livro ser lançado, em 2013, e o movimento se espalhar pelo Brasil, em 2011, cinco mulheres se reuniram na paróquia São Camilo de Léllis, na Mata da Praia, em Vitória. Foi ali que tudo começou.
Angela Abdo
Fundadora e coordenadora do movimento
"Há nove anos, a minha filha me procura após ler um livro: 'Toda filho precisa de uma mãe que ora'. Ela pediu que rezasse eu, ela e a minha nora. Começamos com cinco mães. Ficamos no espaço de três anos em um pequeno grupo. Não passamos de 20. Mas as graças foram muitas. Tivemos a oportunidade de testemunhar o poder de Deus"
Com isso, o grupo chamou a atenção da comunidade Canção Nova, que tem uma editora. “A Canção Nova me convidou para escrever um livro. Na hora pensei: ‘nem pensar’. No fim de semana seguinte, viajo para Manaus e volto com 150 páginas escritas. As meninas (outras mães próximas da Angela) acabaram pegando aquele material bruto e destrinchando. Esse livro hoje é um best-seller”, lembra.
Para Angela, o livro é a semente que Deus usou para espalhar o movimento no mundo todo. “As pessoas já tinham o desejo de rezar pelos seus filhos e se espalhou rapidamente. O lançamento foi em maio de 2014 na Canção Nova e, em setembro, em Vitória. A partir do lançamento do livro, começaram a aparecer grupos em todos os lugares”, afirma.
DIA EM VITÓRIA
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Segundo a coordenador, a Prefeitura de Vitória está em processo final de tramitação para que o dia 30 de março, data da primeira reunião do grupo, seja um dia dedicado às mães que oram. “Já passou na Câmara e está esperando a aprovação do prefeito de Vitória”. A intenção é que a data seja um marco no país, com a adesão de outros locais. “O momento em que a Igreja Católica com suas as mães se levanta para restaurar famílias com o poder da oração”.
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