Depois de ressaltar que o isolamento social é fundamental para que o sistema de saúde suporte o crescimento de casos do novo coronavírus (Covid-19) no país, o Ministério da Saúde propõs reduzir parcialmente o distanciamento em cidades e Estados com metade dos leitos vagos. A medida, segundo boletim divulgado nesta segunda-feira (6), passaria a valer em uma semana. No Espírito Santo, porém, essa estratégia não é considerada viável.
O secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, explica que a taxa de ocupação dos leitos é algo muito dinâmico, a ponto de, em um momento estar próxima dos 50% e, em poucas horas, ultrapassar esse índice e, logo mais, voltar a ter menos da metade das vagas ocupadas.
Questionado sobre a taxa de ocupação atual na rede pública, Nésio preferiu não falar justamente pelo dinamismo dos dados, mas assegura que, a partir desta quarta-feira (8), a informação estará disponível praticamente em tempo real, garantindo à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) um monitoramento mais preciso para adotar as medidas que forem necessárias.
Mas, se fosse considerar a proposta do governo federal, o Hospital Dr Jayme Santos Neves, na Serra, por exemplo, estaria com taxa de ocupação dentro do que o Ministério da Saúde agora considera recomendável para o fim do isolamento. A unidade de referência no atendimento aos casos de Covid-19 na Grande Vitória tinha, no início da noite desta segunda, 72 leitos exclusivos para pacientes infectados pelo coronavírus, e 11 deles ocupados.
Para Nésio Fernandes, o marcador de 50% de ocupação dos leitos servirá para outras medidas, e não com a finalidade de reduzir isolamento social. O índice é o sinal de alerta para que a Sesa busque alternativas para ampliar a sua capacidade de atendimento. Uma das estratégias é a compra de vagas na rede privada que, segundo o secretário, é primeira opção em relação ao hospital de campanha que vem sendo adotado em outros Estados porque o custo, a princípio, é menor.
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