Caciques das aldeias Tupinikim e Guarani, em Aracruz, Região Norte do Espírito Santo, decidiram adotar medidas mais rígidas com o objetivo de proteger os índios da pandemia do novo coronavírus. Por causa dos riscos de contaminação, as visitas nas aldeias do município foram suspensas por tempo indeterminado.
De acordo com o cacique Roberto Whera, da Aldeia Olho Dágua (Tekoa Tetxary), o pedido é para que todos permaneçam em casa neste momento. Devido à pandemia do Covid-19, a gente, como cacique e liderança, decidiu que, por um período indeterminado, visitas de não indígenas estão suspensas para o bem de nossas comunidades e para resguardar os mais velhos, inclusive nossas crianças. Gostaria muito que a população não indígena respeitasse a decisão da nossa comunidade, pediu.
A Prefeitura de Aracruz informou que todas as orientações de prevenção ao coronavírus estão sendo passadas para a população indígena e a fiscalização do município também está atuando nessas regiões. A prefeitura informou ainda que está sendo preparado na sede do município um espaço com leitos específicos para a comunidade indígena caso seja necessário.
Aracruz possui 12 aldeias indígenas, sendo seis Tupinikim e seis Guarani. Nessas comunidades vivem cerca de 1.400 famílias que preservam suas culturas e o modo de vida. As aldeias se destacam no turismo, já que é a única cidade que ainda possui índios aldeados no Espírito Santo.
O último Boletim Epidemiológico da Prefeitura de Aracruz, divulgado nesta segunda-feira (6), confirmou mais dois casos de contaminação pelo novo coronavírus. Os pacientes diagnosticados com a Covid-19 são um homem, de 47 anos e uma mulher de 27.
O homem, segundo a prefeitura, está internado em estado grave no Hospital São Camilo. Já a mulher está em isolamento domiciliar. Com os novos casos, subiu para seis o total de casos confirmados de contaminação por transmissão comunitária em Aracruz.
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