Mayr Freitas Ramalho
Mayr Freitas Ramalho
1935
2024

Mayr Ramalho, pai de Coronel Ramalho, morre aos 89 anos

Mayr, que também foi policial militar, morreu após complicações cirúrgicas. Na ativa da PM, atuou na força-tarefa para combater o 'Esquadrão da Morte'

Vitória
Publicado em 02/09/2024 às 11h27

Mayr Freitas Ramalho, coronel reformado da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) e um dos integrantes do grupo que combateu o antigo Esquadrão da Morte no Estado, morreu na manhã desta segunda-feira (2), em Vitória, aos 89 anos. Mayr é pai de Alexandre Ramalho, também coronel da PM, ex-secretário estadual de Segurança Pública e atual candidato a prefeito de Vila Velha.

Mayr faleceu após complicações cirúrgicas. De acordo com o filho, o pai amputou a perna esquerda há três semanas por problemas vasculares e não reagiu bem ao pós-operatório.

Nascido em Vila Velha, Mayr Freitas Ramalho foi morador do bairro de Argolas e ingressou na PMES em 1956 como aspirante oficial. Na década de 1960, teve forte atuação contra o antigo Esquadrão da Morte no Estado, organização criminosa apontada como responsável por assassinatos políticos e quase 1.500 homicídios, tendo como integrantes membros do governo estadual na época.

Em atuação conjunta com o Exército Brasileiro, o policial militar descobriu um cemitério clandestino com vários corpos enterrados na Barra do Jucu, em Vila Velha. Com a descoberta, sofreu perseguições e represálias dentro e fora da PMES, onde também comandou o primeiro batalhão e o Comando de Policiamento da Capital. Já nas décadas de 70 e 80, ajudou a implantar a Polícia Rodoviária Estadual.

Em nota de pesar divulgada nesta manhã, Ramalho afirmou que o pai foi um “símbolo de bravura e integridade”.

“A posição militar dele sempre foi motivo de muito orgulho. Integrar a corporação foi uma realização, especialmente em um momento muito difícil no Espírito Santo. Meu pai foi muito perseguido e atacado dentro da própria instituição”, disse Ramalho em conversa com A Gazeta.

“Para mim, em especial, ele representou aquele homem fardado que lutava mesmo nos momentos mais difíceis, muitas vezes ausente em ocasiões festivas com a família, como Natal e ano novo, devido ao trabalho”, completou Alexandre.

Mayr foi enterrado no Cemitério Jardim da Paz, na Serra, onde foi velado na manhã desta segunda.

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