O novo coronavírus fez mais uma vítima no Espírito Santo. Durante a madrugada desta quarta-feira (29), o tenente Marcos Jorge de França morreu em decorrência da Covid-19, depois de ficar internado por aproximadamente dez dias no Hospital Estadual Doutor Jayme Santos Neves, na Serra, cidade onde morava.
De acordo com o relato da família, ele testou positivo para a doença no último dia 15 de abril. Em princípio, ele ficou em casa; mas na segunda-feira passada (20 de abril), ele foi para o Hospital da Polícia Militar (HPM), onde foi colocado em um respirador e transferido para o Jayme, contou o filho Gregory Ramos de França.
Aos 50 anos de idade, o policial militar integrava o grupo de risco do novo coronavírus por ter pressão alta e diabetes. Apesar das chamadas comorbidades, a imagem dele era de alguém forte para a família. Ele era o meu herói em vida. O meu grandão descansou, desabafou o filho, muito emocionado.
Na reserva da PM desde novembro do ano passado, ele atualmente realizava o sonho de fazer graduação em uma universidade federal. Ele estava cursando gemologia na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Infelizmente, ele não pode concluir esse desejo e nem aproveitar a aposentadoria, lamentou Gregory.
Formado em teologia e também pastor da Assembleia de Deus, o Tenente França era casado e tinha o primogênito de 30 anos e três filhas, de 20, 17 e 11 anos. Natural de São Paulo, o policial será sepultado no Cemitério Jardim da Paz, em Domingos Martins sem velório, devido às restrições relacionadas à Covid-19.
Diante da perda de uma pessoa querida em meio à pandemia, Gregory fez um apelo. Essa doença é coisa séria. As pessoas estão levando na brincadeira, com aglomerações na rua. Não é só uma gripezinha. Temos que nos cuidar. Quem puder, fique em casa.
Em nota de falecimento publicada no site oficial durante o início da tarde desta quarta-feira (29), a Polícia Militar do Espírito Santo lamentou a perda do Segundo Tenente Marcos Jorge de França, que estava desde 1990 na Corporação. A PM externa as condolências aos familiares e amigos, diz o texto.
Entre os destaques feitos, está a atuação expressiva no antigo Batalhão de Missões Especiais (BME), o que rendeu muitos elogios em sua ficha funcional e os serviços prestados nos 5º e 7º Batalhões. Além da atuação na Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária, antes de ir para a reserva.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta