Após quase dois meses, a morte da modelo Luísa Lopes ainda está sendo investigada pela Polícia Civil. O atropelamento que aconteceu em abril deste ano na Avenida Dante Michelini, em Vitória, é apurado pela Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT). Somente ao término deste procedimento, quando o inquérito policial for concluído, é que o processo relativo ao caso poderá avançar.
Em nota enviada nesta sexta-feira (3), a Polícia Civil afirmou que nenhuma informação poderia ser repassada, a fim de preservar a apuração do crime — o mesmo retorno dado há um mês. A corporação ainda destacou "que trabalha conforme os prazos estabelecidos pelo Código Processual Penal".
Advogado da família da vítima, Marcos Vinícius Sá contou que esteve na delegacia nesta semana. "Esse tipo de matéria demanda provas periciais. O inquérito está na fase de análise dessas provas e isso demanda um certo tempo para que seja feita uma boa investigação sobre o caso", explicou.
Segundo ele, a fase de investigação é imprescindível para não comprometer um eventual julgamento. "O que a família espera é uma investigação cuidadosa e séria para pode impor responsabilidade à autora do crime", disse, se referindo à corretora Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos.
A reportagem de A Gazeta tentou falar com o advogado Jamilson Monteiro dos Santos, responsável por fazer a defesa de Adriana, mas ele não atendeu às ligações ou respondeu às mensagens. No último retorno, dado no início de maio, o profissional afirmou aguardar a conclusão do inquérito policial.
A modelo Luísa Lopes, de 24 anos, morreu após ser atropelada na Avenida Dante Michelini, na altura do bairro Jardim da Penha, em Vitória. O acidente fatal aconteceu na noite de 15 de abril deste ano. O carro que atingiu a ciclista seria dirigido pela corretora Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos.
Na data do atropelamento, a motorista foi presa em flagrante por embriaguez ao volante. Segundo a Polícia Militar, ela apresentava sinais de embriaguez e se negou a fazer o teste do bafômetro. No dia seguinte, ela pagou uma fiança de R$ 3 mil e deixou a prisão, mas deve obedecer algumas medidas restritivas.
Para conceder a liberdade provisória, o magistrado José Leão Ferreira Souto considerou a ausência de antecedentes criminais e a própria autuação. Na decisão, o juiz destacou que policiais afirmaram ter recebido, no local do acidente, a informação de que outro carro teria atropelado a modelo.
Entretanto, no dia 19 de abril, A Gazeta teve acesso a imagens de videomonitoramento da Prefeitura de Vitória que mostram o momento do acidente. Segundo o município, a vítima atravessava fora da faixa, com o sinal aberto para os veículos, e não houve envolvimento de outro automóvel.
Dias após Adriana ser solta, amigos e familiares da Luísa Lopes fizeram um protesto para pedir por Justiça. Durante o ato, os manifestantes seguraram cartazes, pintaram parte do asfalto de vermelho e penduraram uma bicicleta no poste para chamar atenção para a morte da modelo.
Na época dos fatos, o advogado Marcos Vinícius Sá, que representa a família da vítima, reforçou que trata-se de um homicídio que precisa ser apurado. Já o advogado Jamilson Monteiro dos Santos, de Adriana, afirmou que aguardaria a conclusão do inquérito policial, a ser confeccionado pela Polícia Civil.
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