A Polícia Civil segue a investigação para identificar a autoria e motivação do ataque a um carro com cinco ocupantes que deixou dois mortos e dois feridos no Centro de Vitória na tarde do último domingo (4).
O crime resultou na morte do técnico em Tecnologia da Informação, Kelvin Filgueiras da Silva, de 28 anos, e do motorista de aplicativo Adriano Ferreira do Amaral, de 39 anos, que conduzia o veículo
As vítimas estavam em um carro vermelho na Avenida Governador José Sette quando criminosos a bordo de um automóvel branco realizaram os disparos. Em seguida, eles fugiram pela Avenida Princesa Isabel e pela Curva do Saldanha, em direção à Praia do Canto, e ainda não foram localizados pelas autoridades.
Outros dois ocupantes do veículo foram baleados e socorridos para o Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE), em Vitória. O quinto ocupante, que estava ao lado do motorista, não ficou ferido.
Adriano, Kelvin e mais três amigos voltavam da Praia da Costa, em Vila Velha, com direção ao Moscoso, em Vitória. Adriano era motorista de aplicativo e estaria fazendo uma corrida particular para o grupo de quatro amigos. Todos os ocupantes do carro se conheciam, inclusive o motorista
Quando seguiam em um Onix vermelho pela Avenida Governador José Sette, no Centro, quando foram abordados por um veículo branco. Dois ocupantes desceram do carro e dispararam mais de 40 vezes contra o Onix, do lado do motorista.
Adriano morreu no local. Kelvin e outros dois jovens que estavam sentados no banco de trás foram atingidos. O técnico em Tecnologia da Informação não resistiu aos ferimentos.
Os outros dois baleados foram internados no Hospital Estadual de Urgência e Emergência. O quinto ocupante, que estava sentado no banco do carona ao lado do motorista não ficou ferido.
Durante entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira (5), o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), Alexandre Ramalho, afirmou que as investigações apontam que o crime é resultado de uma briga do tráfico de drogas entre duas comunidades: o Moscoso e o Cabral.
De acordo com o secretário Alexandre Ramalho, na manhã de domingo (4) horas antes do ataque a Polícia Militar apreendeu uma pistola calibre .380 na casa Kelvin após uma denúncia anônima. No momento da apreensão, Kelvin estava fora de casa.
Ele havia ido à praia com o grupo de amigos que depois foi o alvo do ataque no Centro de Vitória. Além da arma, os militares também apreenderam na residência um carregador com munições, notebook, quatro celulares e R$ 227 em dinheiro.
"Sobre as vítimas, nos chega a informação de que algumas teriam mandados de prisão em aberto, também passagens por roubo, disse o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), Alexandre Ramalho, durante entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (5), sem citar nomes.
A reportagem procurou as secretarias de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e da Justiça (Sejus) para saber se Kelvin e Adriano já tinham sido presos anteriormente. Por meio das assessorias, ambas informaram que não há registros de prisão relacionados às duas vítimas.
Ele não era bandido, estava no lugar errado com as pessoas erradas. Eu não quero que meu irmão seja tomado como criminoso sem antes provarem qualquer coisa contra ele, porque o Kelvin não era nada disso. Ele não tinha passagem pela polícia e nunca foi preso por nada, afirma a irmã de Kelvin, que preferiu não se identificar.
A Polícia Civil identificou um carro, modelo Hyundai HB20, que pode ter sido usado no ataque no Centro de Vitória, que vitimou duas pessoas neste domingo (4). O veículo foi localizado nesta segunda-feira (05), na rua Constante Sodré, na Praia do Canto, bairro nobre da capital. A perícia da polícia foi realizada no local.
As informações preliminares indicam que o carro, que não apresenta nenhuma irregularidade de documentação, teria sido alugado. A polícia não explicou como o veículo foi localizado, mas afirmou que o dono do carro foi identificado e está auxiliando nas investigações. Por volta das 17h20 o veículo foi levado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vitória.
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