Cheia de planos, a vendedora Euzineia Loyola Baptista, de 50 anos, morava em Guarapari, no Litoral do Espírito Santo. Sonhava em construir uma casa e expandir os negócios, abrindo uma nova loja de roupas. Mas, os sonhos de Euzineia foram interrompidos. Ela foi encontrada morta dentro de uma piscina, com sinais de estrangulamento, na última terça-feira (18), em Anchieta. O principal suspeito é o noivo, que foi preso nesta sexta-feira (21).
A vendedora era a filha mais velha de quatro irmãos. Nasceu em Guarapari e sempre morou no bairro Kubitschek. Euzineia nunca se casou e morava com os pais, mas em uma residência separada. A sobrinha, Bruna Luiza Baptista, de 25 anos, conta que ela sempre trabalhou como autônoma, vendendo cosméticos e há cerca de 10 anos montou sua loja de roupas, no bairro em que morava.
“Minha tia era muito querida e prestativa. Ia em muitos eventos na igreja, viajava para retiros e nunca parou de frequentar a igreja. Minha tia não teve filhos, mas cinco sobrinhos e a vida inteira sempre cuidou de nós, gostava de se reunir com a família e era brincalhona, sempre alegre. Não passava um aniversário de alguém da família sem estarmos juntos”, conta.
Bruna conta que Euzineia era uma pessoa presente em sua vida. Gostavam de viajar para a Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. A tia já fazia planos após a pandemia, para elas visitarem novamente o local.
“Ela gostava de viajar comigo, com as amigas, de conhecer pessoas, de viver. Minha tia me ligava sempre, não passava um dia que não nos falássemos. Depois que apareceu esse homem ela começou a se distanciar da família, já não me ligava com tanta frequência e as mensagens eram mais curtas”, disse a sobrinha.
Na vida sentimental, a tia era reservada, segundo a sobrinha. Euzineia chegou a noivar no passado, mas o futuro marido acabou falecendo e ela não voltou a ter compromissos com outras pessoas. O relacionamento com o atual noivo começou há dois anos e o noivado aconteceu há quatro meses, sem a presença dos familiares.
O pai de Euzineia Loyola, relembrou a sobrinha, não gostava do noivo e pediu para que ela tivesse atenção. “Minha tia estava muito apaixonada por ele. A família teve receio de falar algo do comportamento estranho dele, apesar de sermos próximas, ela era muito discreta na vida sentimental, não se abria. Tanto que soubemos do noivado após ela aparecer com a aliança e minha outra tia perguntar”.
A vendedora tinha em anotações os planos para os próximos anos: fazer sua casa, que já estava com o projeto pronto e abrir outra loja de roupas na cidade. “Achamos cartas dele pedindo perdão, que queria nova chance, não sabemos em que momento elas foram escritas, já estão com a polícia. Minha tia era muito tranquila, não saía. Ficamos aqui imaginando o que levou ele a fazer isso, pois ela nunca reclamou de nada dele”, disse Bruna.
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