Nesta terça-feira (28), a Polícia Militar instaurou um inquérito para investigar a conduta do 3º Sargento Clemilson Silva de Freitas, que deu um tapa no rosto de um frentista e apontou a arma para ele, durante a semana passada, em um posto de gasolina localizado na Praia de Itaparica, em Vila Velha.
A vítima, Joelcio Rodrigues dos Santos, esteve na Corregedoria da Polícia Militar nesta tarde para fazer a denúncia. "Eu fui atendido e eles falaram que o inquérito foi aberto e que o caso vai ser apurado. Disseram também para eu ficar tranquilo, porque agora o policial já tinha sido identificado. Graças a Deus, contou aliviado na saída.
Esta não foi a primeira vez que o frentista foi ao local. Na última sexta-feira (24), ele tentou fazer a denúncia, mas foi orientado a procurar a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência. No próprio dia das agressões, Joelcio também já havia comparecido ao 4º Batalhão da Polícia Militar e feito um exame de corpo de delito.
De acordo com as informações passadas pela Corregedoria a Joelcio, a conclusão do inquérito deve acontecer no prazo de 60 dias. Enquanto durar o processo, o policial militar permanecerá afastado das atividades operacionais, conforme declaração do Coronel Juffo, corregedor em exercício da PM no Espírito Santo.
Durante uma entrevista nesta terça-feira (28), concedida em Iúna, no Sul do Estado, o governador Renato Casagrande foi questionado sobre o episódio, pela jornalista Vilmara Fernandes, de A Gazeta, e respondeu que "a orientação é que a Corregedoria aja com rigor em relação a esse tipo de caso".
O comando da Polícia Militar está orientado a tomar todas as providências de investigação. Um policial, assim como um governador, ou como outra pessoa pública, tem que ser uma referência para a sociedade, não podendo apresentar esse tipo de comportamento, defendeu.
Cometida na última quinta-feira (23), a atitude do policial militar foi registrada pelas câmeras de segurança do posto de gasolina, que fica na Rodovia do Sol. Pelas imagens é possível ver o momento em que Clemilson Silva de Freitas dá um tapa na cara do frentista e aponta a arma para ele, logo em seguida.
De acordo com Joelcio, a agressão teria sido motivada por um atendimento considerado ruim, feito no dia anterior. Ele estava acompanhado de uma mulher e pediu para abastecer R$ 50. Quando pedi para descerem da moto para fazer o procedimento, ele começou a me xingar e depois foi embora dizendo que voltaria para tirar satisfação, contou.
No outro dia de manhã, antes das 8h, o policial chegou ao estabelecimento vestido com a farda da PM e perguntou se o responsável se encontrava. Diante da negativa, o agente ficou esperando no local e viu o frentista chegar. Assim que bati o ponto, ele veio atrás, me chamou, perguntou se eu lembrava dele e começou a me bater, lembrou.
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que as condutas adotadas foram a abertura imediata de procedimento apuratório e o afastamento do policial até que se concluam os procedimentos, que inclui a colhida de depoimento das partes envolvidas, de testemunhas e a coleta de provas.
Se verificada a existência de crime de natureza militar, a PM explicou que o processo é remetido à promotoria, que decidirá se oferecerá a denúncia à Justiça Militar. Constando-se a existência de falta disciplinar, o militar recebe as punições previstas em regulamento próprio, concluiu.
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