A polícia identificou os três suspeitos de matarem o motorista de aplicativo Jonata de Souza Oliveira, que desapareceu no último dia 11, enquanto trabalhava. O corpo foi encontrado no sábado (17), às margens da Rodovia ES 120, em Padre Mathias, Cariacica. As investigações apontaram que, ao saberem do crime, traficantes do bairro Porto Belo, onde a corrida de aplicativo foi solicitada pelos criminosos, deram uma surra no trio.
Por causa do espancamento, os três foram para um hospital no Centro de Vitória. No sábado (17), policiais penais foram até a unidade de saúde atrás de um deles, que ainda estaria internado, identificado como Weliton Jones da Silva, de 23 anos. Chegando lá, os agentes ficaram sabendo que o suspeito tinha acabado de receber alta. Neste momento, as buscas continuaram e ele foi localizado na casa da avó, no bairro Vale dos Reis, em Cariacica, onde foi preso.
Apesar de negar participação no crime, Weliton alegou que foi o responsável por pedir a corrida de aplicativo, no dia 11, no bairro Porto Belo. Segundo ele, os comparsas, Caio Mendes Chaves, de 20 anos, e João Paulo Brandão de Brito, de 18 anos, teriam entrado no veículo e anunciado o assalto, momento em que Jonata teria reagido. Um dos bandidos, que estava no banco de trás, teria dado uma gravata na vítima, que morreu por asfixia. O carro dele foi abandonado no bairro Nova Esperança, e o corpo jogado em um matagal na altura de Padre Mathias.
Foi o próprio Weliton que indicou onde o corpo de Jonata estava. "Ele nega envolvimento com o crime, no entanto, temos provas suficientes com testemunhas e informações. Ele nos levou até o local onde estava o corpo, que era de difícil acesso. Tanto que Corpo de Bombeiros e nossa equipes da polícia estiveram presentes e não conseguiram localizar; ele com precisão nos indicou o local exato onde o corpo havia sido ocultado. Ele informa que só chamou a corrida e que o pessoal havia comentado com ele onde havia deixado o corpo, mas pela precisão que ele nos apontou, é impossível a não-participação dele", ponderou o delegado Marcos Aurélio Ferreira, chefe da Divisão de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).
Durante as investigações, outros dois motoristas de aplicativo procuraram a polícia para dizer que já foram vítimas do trio na região de Cariacica. "Esses três vêm praticando diversos crimes de roubo a transporte de aplicativo. A gente vai iniciar as investigações, peço que as vítimas compareçam à DFRV. Seria uma associação criminosa que pratica diversos roubos, são agentes contumazes e agora aconteceu essa tragédia. Um deles, o Caio, tem passagem por tráfico de drogas", disse o delegado Luiz Gustavo Ximenes, titular da DFRV.
Agora, a polícia está atrás do paradeiro de Caio Mendes Chaves e João Paulo Brandão de Brito, que seguem foragidos, mas com mandado de prisão preventiva expedido. Quem tiver qualquer informação sobre eles pode ajudar pelo Disque-Denúncia, no telefone 181 ou através do site disquedenuncia181.es.gov.br; o anonimato é garantido.
O mecânico e motorista de aplicativo Jonata de Souza Oliveira, de 28 anos, estava desaparecido desde o último domingo (11). Segundo a esposa, Tainá Neves de Oliveira, ele teria saído para trabalhar por volta das 17h e feito um último contato com ela às 20h. Depois disso, ele parou de responder a todos e não retornou no horário de costume, à meia-noite.
A família recorreu à seguradora do veículo para ter a localização e achou o carro abandonado, em Nova Esperança, Cariacica, sem o motorista e os pertences dele.
De acordo com a esposa, Jonata havia passado mal no domingo (11) pela manhã e chegou a ser levado a uma unidade de Pronto Atendimento (PA). Depois disso, às 15h, foi até a casa da sogra para descansar. Mais tarde, às 17h, já se sentindo bem, saiu para trabalhar como motorista de aplicativo. Tainá contou que chegou a fazer contato com o marido às 20h48. Depois disso, porém, ele parou de responder.
Jonata costumava, como relatou Tainá, voltar para casa por volta da meia-noite. Às 2h da manhã, como ele ainda não tinha retornado, a família saiu para procurá-lo, recorrendo à seguradora de veículo para ter a localização. A empresa forneceu pontos por onde ele teria passado.
"Primeiro, até mandaram a gente para outro bairro. Chegamos lá, não encontramos nada. Aí, de lá mesmo, pedimos e eles mandaram outro local. Foi quando achamos o carro em Nova Esperança (Cariacica) sem nada. Sem ele, sem documentos e pertences", disse Tainá.
Na sexta-feira (16), Polícia Civil havia informado que o desaparecimento do jovem estava sendo investigado como latrocínio – roubo seguido de morte. Também na sexta (16), por vídeo, o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Eugênio Ricas, ressaltou que principais suspeitos do crime já tinham sido identificados.
No sábado (17), um dos criminosos (Weliton Jones da Silva) foi preso e o corpo foi localizado. Outros suspeitos, Caio Mendes Chaves e João Paulo Brandão de Brito, continuam foragidos.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta