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Escolas militares: Casagrande diz que Bolsonaro tem 'comportamento ideológico'

Escolas militares: Casagrande diz que Bolsonaro tem "comportamento ideológico"

Ele rebateu as críticas do presidente, que acusou governadores do Sudeste que não aderiram ao programa das escolas cívico-militares de agirem por razões "político-partidárias"

Publicado em 4 de fevereiro de 2020 às 17:31

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Renato Casagrande e Jair Bolsonaro: governador alfinetou o presidente após críticas por não ter aderido às escolas cívico-militares. (Reprodução)

O governador Renato Casagrande (PSB) foi, indiretamente, criticado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Sem citar nomes, Bolsonaro disse que os governadores do Sudeste que não aderiram ao programa das escolas cívico-militares colocaram razões “político-partidárias na frente das necessidades do país”. Na região, Rio de Janeiro e Espírito Santo foram os únicos a não aderir ao modelo. Para Casagrande, Bolsonaro se comporta de maneira ideológica e acha que outros também agem da mesma forma.

Na manhã desta terça-feira (4), durante o anúncio de recursos destinados para as cidades atingidas pelas chuvas, o governador afirmou que não se opõe ao projeto das escolas militares e que, apesar de não ter inserido o modelo na rede estadual, está apoiando municípios que quiseram desenvolver a proposta, como Viana e Montanha.

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O presidente tem sempre um comportamento muito ideológico e acha que as outras pessoas agem dessa forma

Renato Casagrande, sobre o debate das escolas cívico-militares
Governador do Espírito Santo
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“Nós estamos apoiando os municípios que querem escolas militares, como Montanha e Viana. Só que temos um planejamento da educação, um plano que desde 2011 vêm crescendo (o índice estadual) no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Temos tido bons resultados em termos de qualidade, apesar de estarmos abaixo no Ensino Médio da meta do Ideb, mas somos um Estado que está na 2ª posição nacional, atrás de Goiás. Contudo, não temos nenhuma rejeição a nenhum modelo”, afirma o governador.

Posto de gasolina: proposta de redução no ICMS gerou polêmica. (Ricardo Medeiros)

GOVERNADOR ALFINETA: "DEBATE NÃO PODE SER FEITO POR REDE SOCIAL"

Casagrande também foi questionado sobre a declaração do presidente de que iria propor a redução do ICMS (imposto arrecadado pelos Estados) sobre os combustíveis. O secretário estadual da Fazenda, Rogelio Pegoretti, tinha chamado a proposta, anunciada por Bolsonaro nas redes sociais, de populista.

“As propostas sempre colocadas assim, de forma superficial, deixam muitas dúvidas. Nós temos interesse em fazer o debate da redução do valor dos combustíveis. Do mesmo jeito que o presidente propõe a redução do ICMS dos combustíveis, podemos propor a redução do PIS, do CIS, do Cide, do Cofins (impostos de arrecadação federal). O governo adotou seguir os preços internacionais (dos combustíveis), naturalmente vinculados ao dólar. Está muito mais na mão do governo federal do que dos governadores.", defendeu o governador.

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É um debate que não pode ser feito por rede social, tem que ser feito tecnicamente com os técnicos dos governos estaduais e do governo federal

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Governador do Espírito Santo
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