O governador Renato Casagrande (PSB) foi, indiretamente, criticado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Sem citar nomes, Bolsonaro disse que os governadores do Sudeste que não aderiram ao programa das escolas cívico-militares colocaram razões político-partidárias na frente das necessidades do país. Na região, Rio de Janeiro e Espírito Santo foram os únicos a não aderir ao modelo. Para Casagrande, Bolsonaro se comporta de maneira ideológica e acha que outros também agem da mesma forma.
Na manhã desta terça-feira (4), durante o anúncio de recursos destinados para as cidades atingidas pelas chuvas, o governador afirmou que não se opõe ao projeto das escolas militares e que, apesar de não ter inserido o modelo na rede estadual, está apoiando municípios que quiseram desenvolver a proposta, como Viana e Montanha.
Nós estamos apoiando os municípios que querem escolas militares, como Montanha e Viana. Só que temos um planejamento da educação, um plano que desde 2011 vêm crescendo (o índice estadual) no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Temos tido bons resultados em termos de qualidade, apesar de estarmos abaixo no Ensino Médio da meta do Ideb, mas somos um Estado que está na 2ª posição nacional, atrás de Goiás. Contudo, não temos nenhuma rejeição a nenhum modelo, afirma o governador.
Casagrande também foi questionado sobre a declaração do presidente de que iria propor a redução do ICMS (imposto arrecadado pelos Estados) sobre os combustíveis. O secretário estadual da Fazenda, Rogelio Pegoretti, tinha chamado a proposta, anunciada por Bolsonaro nas redes sociais, de populista.
As propostas sempre colocadas assim, de forma superficial, deixam muitas dúvidas. Nós temos interesse em fazer o debate da redução do valor dos combustíveis. Do mesmo jeito que o presidente propõe a redução do ICMS dos combustíveis, podemos propor a redução do PIS, do CIS, do Cide, do Cofins (impostos de arrecadação federal). O governo adotou seguir os preços internacionais (dos combustíveis), naturalmente vinculados ao dólar. Está muito mais na mão do governo federal do que dos governadores.", defendeu o governador.
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