Após o fim da totalização das urnas, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), o desembargador José Paulo Calmon Nogueira da Gama, deu sua opinião em relação ao segundo turno das Eleições 2022, ocorrido neste domingo (30). Para o desembargador, o saldo é positivo e motivo de festa: foram 12 ocorrências pelas entidades de segurança, 27 detidos e apenas 155 urnas que apresentaram algum problema. São 74 aparelhos a menos que tiveram falhas em relação ao primeiro turno.
Em coletiva realizada na noite deste domingo (30), o presidente também falou sobre o tempo da totalização das urnas no Espírito Santo. Segundo ele, o Estado deu exemplo para todo o cenário brasileiro e entregou 100% das urnas totalizadas em tempo “mais que satisfatório”, às 19h10. Nogueira da Gama atribui a rapidez a três fatores: a eficiência dos mesários, o empenho dos servidores e, principalmente, à qualidade do eleitorado capixaba.
No intervalo de 28 dias que separou os dois dias de votação, os mesários e servidores passaram por novos treinamentos para garantir mais eficiência dentro das seções. Um dos problemas que marcaram o primeiro turno foram as grandes filas e o tempo de espera prolongado para votar.
O desembargador pontuou que a maioria das seções do Estado já estavam livres durante a última hora para votação, entre às 16h e 17h. Fora isso, havia um número maior de urnas para o caso de falhas: foram cerca de 3 mil aparelhos prontos para substituição.
Em fala, Nogueira da Gama também comentou que o aumento na rapidez do acesso dos eleitores às zonas de votação se deve à diminuição do número de candidatos e do tamanho dos seus números de campanha, que contém apenas dois dígitos. Além de elogiar os eleitores, o desembargador elogiou também a postura de dois atores fundamentais para as eleições: os candidatos ao Governo do Estado Carlos Manato (PL) e o governador reeleito Renato Casagrande (PSB).
“Eu tenho que agradecer: o resultado realmente traduz a manifestação livre do eleitorado capixaba. Temos que parabenizar também a postura dos dois candidatos do nosso Estado (Manato e Casagrande) pela lisura no comportamento”, enalteceu o presidente do TRE.
Em entrevista à rádio CBN Vitória, ainda em relação ao andamento do segundo dia do pleito, Nogueira da Gama brincou ao comparar o saldo do fim das eleições ao do dia de votação do primeiro turno (02). “Se o primeiro foi dito como ‘seguro’ e ‘tranquilo’, o segundo pode ser dito como ‘seguríssimo’ e ‘tranquilíssimo’".
Com o fim da totalização das urnas, os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, no Espírito Santo, 2.322.269 pessoas foram às urnas, e 599.995 eleitores não votaram, o equivalente a 20,53% de abstenção, 0,24% a menos que o primeiro turno. Renato Casagrande, com 53,8% dos votos, foi reeleito governador em disputa com Carlos Manato (PL), que obteve 46,2% dos votos válidos. Na disputa presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com aproximadamente 51% dos votos, foi eleito Presidente da República. No Espírito Santo, porém, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, teve ampla vantagem em relação ao presidente eleito, com 58,04% dos votos válidos que colaboraram com a marca de 49,1% atingida por ele nacionalmente.
Para o desembargador presidente do TRE, também merece destaque a participação das forças de segurança para garantir a tranquilidade da população e dos nossos eleitores do Espírito Santo. Dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) mostram que, das doze ocorrências registradas, duas foram em cidades da Grande Vitória — Guarapari e Serra — e outras dez no interior do Estado.
Em fala, o subsecretário da Sesp, Antônio Marcos de Souza Reis, explicou que “o maior volume de delitos, como esperado, foi o de boca de urna e a propaganda irregular. Nenhuma ocorrência registrada foi capaz de alterar a ordem pública e a paz social em qualquer aspecto do pleito eleitoral”.
Já o superintendente da Polícia Federal Eugênio Ricas garantiu que a instituição registrou apenas duas ocorrências ligadas a boca de urna, em Cariacica e Vitória. Em ambas as ocasiões, fiscais estavam distribuindo adesivos de candidatos aos eleitores. Ambos foram levados pelas Guardas Municipais.
Desde julho deste ano, as polícias Federal, Civil, Rodoviária Federal, o Corpo de Bombeiros e as Guardas Municipais do Espírito Santo operaram juntos através do Comitê Integrado de Segurança das Eleições para garantir o bom andamento do pleito. Ao todo, foram 7236 agentes de segurança pública e 1180 viaturas de todas as agências de segurança dos três níveis do governo.
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