> >
Felipe Rigoni anuncia que faz tratamento contra a esclerose múltipla

Felipe Rigoni anuncia que faz tratamento contra a esclerose múltipla

Em referência do Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla, secretário revelou sintomas que o acometeram até descobrir o diagnóstico da doença, há cerca de um ano

Publicado em 1 de setembro de 2024 às 14:00

Ícone - Tempo de Leitura 4min de leitura
Felipe Rigoni
Felipe Rigoni relatou o tratamento nas redes sociais. (Carlos Alberto Silva)

O secretário de Estado do Meio Ambiente, Felipe Rigoni, anunciou que está em tratamento contra a esclerose múltipla. O diagnóstico foi recebido há um ano, após ele sentir dormência na perna esquerda. O relato foi postado pelo político em suas redes sociais em referência ao Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla, cuja data é celebrada em 30 de agosto.

No vídeo, Rigoni contou que em meados da campanha eleitoral de 2022 começou a sentir dormência na mão esquerda e, desde então, não consegue mais tocar violão. Outros episódios aconteceram até que ele decidisse investigar melhor o caso e descobrir o diagnóstico.

“No dia do diagnóstico, fui ao shopping comprar um sorvete e senti que a perna esquerda ficou dormente. Fiquei meio desesperado porque achei que estava tendo um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Em 15 minutos, melhorei, mas também estava me sentindo muito tonto”, relatou.

Na ocasião, Rigoni estava acompanhado da namorada Laís Barbosa. O casal foi até um hospital para uma consulta com o plantão neurológico, na qual foi feita uma ressonância que diagnosticou a esclerose múltipla.

“O médico disse que eu precisaria ficar internado por cinco dias para que a doença fosse tratada como surto, que pode se manifestar por tonturas e dormências fortes e eu receberia uma espécie de bomba de corticoide. O objetivo era estancar o que estava acontecendo. Fiquei desesperado e o primeiro pensamento foi que eu me tornaria uma planta”, comentou.

Depois da internação, Rigoni seguiu o tratamento com o médico neurologista Herval Neto, que é capixaba e hoje trabalha em São Paulo. Profissional e paciente definiram que o tratamento seria feito com um novo medicamento imunobiológico, o Kesimpta. O remédio não estava registrado na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), portanto ainda não era aceito pelos planos de saúde. O secretário teve que ingressar na Justiça para garantir o tratamento.

“Uma vez por mês preciso ir à clínica para tomar o remédio. Outra situação que precisei enfrentar na época foi uma decisão judicial reversa em um caso do meu partido, o União Brasil”, comentou.

Felipe Rigoni garantiu que a esclerose múltipla está estabilizada e que tem uma vida normal. “A doença parou de avançar e começou a regredir. Entretanto, a dormência na mão continua. O preconceito contra a esclerose múltipla é grande e muitos acham que o paciente não vai conseguir fazer nada. De fato, se não tratar, pode degenerar o cérebro. O tratamento faz o controle da doença”, disse.

Sobre a esclerose múltipla

De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem), esta é uma doença neurológica, crônica e autoimune, ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares.

As causas ainda são desconhecidas, mas a doença tem sido foco de estudos no mundo todo, o que tem possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes. A doença atinge principalmente mulheres jovens, na faixa de 20 a 40 anos.

A Abem estima que cerca de 40 mil brasileiros têm Esclerose Múltipla. A Esclerose Múltipla não tem cura e seu tratamento consiste em atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença.

Sintomas mais comuns:

O paciente pode ainda ter sintomas cognitivos em qualquer momento da doença, independentemente da presença de sintomas físicos ou motores e transtornos emocionais, como depressão, ansiedade, de humor, de irritação e transtorno bipolar.

Como é feito o diagnóstico?

Para obter o diagnóstico da doença, o médico precisa analisar critérios bem estabelecidos com base na coleta de dados e na história do paciente, e em sinais e sintomas da pessoa a partir do momento em que teve o primeiro déficit neurológico ou surto.

Por meio de uma ressonância magnética, o especialista consegue ver as lesões na bainha de mielina, já que essas têm características próprias. Em muitos casos, é preciso fazer a punção lombar para coletar e analisar o líquido que recobre o cérebro.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais