É na segurança pública que os moradores de Vitória dizem enfrentar os principais problemas na cidade. Em pesquisa Ibope contratada pela Rede Gazeta, 61% dos entrevistados, todos eleitores, apontaram essa como a área mais problemática. Em seguida aparecem saúde, apontada por 45%, e transporte coletivo, com 30%.
Os entrevistados podiam citar mais de um problema, elencando-os em 1º, 2º e 3º lugares. Por isso, a soma das respostas resulta em mais de 100%. Na lista também aparecem geração de empregos, educação, trânsito e outros temas. Veja o gráfico abaixo.
O tema da segurança pública foi o primeiro a ser explorado pelos candidatos a prefeito de Vitória já nos primeiros programas da propaganda eleitoral na TV, que teve início no dia 9.
Nela, enquanto o candidato Lorenzo Pazolini (Republicanos) diz que a cidade passa por um dos períodos mais violentos de sua história recente, o candidato Fabrício Gandini (Cidadania) apresenta o Cerco Inteligente de Segurança e outras propostas de investimento em tecnologia para esta área.
Até o final de setembro, Vitória registrou 53 homicídios em 2020, contra 52 em 2019. O índice ainda se manteve estável, ao contrário dos outros municípios da Grande Vitória. Vila Velha registrou um aumento de 32,9% entre os dois anos, Serra, de 24% e Cariacica, de 22,7%.
No entanto, a Capital registrou casos de grande repercussão nos últimos dias, como a chacina em Santo Antônio, e a execução de dois ocupantes de um carro, em uma tarde de domingo, em uma avenida do Centro de Vitória. Em apenas uma semana houve um saldo trágico de seis homicídios.
Embora as ações envolvendo a segurança pública não sejam prioritariamente de competência das prefeituras, e sim do governo do Estado, a pesquisa Ibope mostra que a população espera do futuro chefe do Executivo da Capital ações que complementem esse enfrentamento à criminalidade.
Entre os homens, a preocupação com violência assume o topo na pesquisa Ibope, com 60%, ante 37% para saúde. Entre as mulheres, a saúde tem preocupação maior, de 50%, assim como a violência, citada por 61%.
A preocupação com a segurança pública cresce conforme a renda familiar. O tema foi citado por 52% das pessoas que recebem até 1 salário mínimo, e por 67% da população das classes mais altas.
O oposto ocorre em relação à saúde, que diminui de relevância com o aumento da renda familiar. Enquanto 59% dos eleitores com até 1 salário mínimo apontam a saúde como principal problema, esse número cai para 37% dentre aqueles com renda familiar superior a 5 salários mínimos.
Já a preocupação com educação registra quase os mesmos índices em todos os níveis de renda familiar, variando apenas de 27% a 29%.
Ao analisar as respostas dos entrevistados conforme a avaliação feita da administração do prefeito Luciano Rezende (Cidadania), não há diferença significativa dos índices, comparados aos dados gerais.
Isso significa que tanto para os eleitores que consideram a gestão como ótima ou boa, como para aqueles que julgam ruim ou péssima, o ranking dos problemas possui os mesmos temas, ou seja, com a segurança citada por 3 a cada 5 entrevistados, seguida por saúde e transporte coletivo.
Na avaliação do prefeito, 37% consideraram a administração de Luciano como ótima ou boa, 39% avaliam regular, e 23% como ruim ou péssima. Quanto à aprovação, 52% responderam que aprovam, e 42% que desaprovam.
A pesquisa eleitoral do Ibope foi realizada entre os dias 11 e 12 de outubro, com 602 entrevistas. O nível de confiança utilizado é de 95% e a margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram realizadas entrevistas pessoais com utilização de questionário elaborado de acordo com os objetivos da pesquisa. As pessoas selecionadas para as entrevistas são de acordo com as proporções na população de sexo, grupos de idade, instrução e atividade econômica. O levantamento está registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo ES‐00783/2020.
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