Após 12 anos do fim do seu segundo mandato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito neste domingo (30) para assumir mais uma vez o comando do país. Em uma disputa acirrada com o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), com 98,81% das urnas apuradas, o petista obteve 50,83% dos votos válidos, ante 49,17% do presidente
Lula também havia liderado a disputa no primeiro turno, quando saiu à frente com 48,43% dos votos ante 43,20% de Bolsonaro, com uma diferença de pouco mais de 6 milhões de votos.
Com a vitória confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula vai se tornar o primeiro político a exercer um mandato de presidente por três vezes no Brasil — antes, fora eleito em 2002 e reeleito em 2006. Ao mesmo tempo, Bolsonaro é o primeiro presidente a não conseguir se reeleger, desde que isso passou a ser possível, a partir do pleito de 1998.
Desde o início da corrida eleitoral, os dois protagonizaram a disputa que acabou ficando para ser decidida no segundo turno. Mas Lula sempre liderou as intenções de voto das principais pesquisas eleitorais pelo país. Ele vai assumir a presidência no dia 1° de janeiro de 2023 para um mandato de quatro anos, até 2027.
Após o primeiro turno, Lula conquistou apoio de Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial no primeiro turno, e também do PDT, partido de Ciro Gomes, quarto colocado na corrida eleitoral. Os dois juntos reuniram 8,5 milhões de votos no primeiro turno. Lula também conquistou apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A campanha do segundo turno foi marcada por batalha nas redes sociais, “guerra santa” e pedidos de direito de resposta e trocas de acusações entre os adversários.
Entre os temas mais recorrentes nas declarações dadas durante debates, entrevistas, horário eleitoral, eventos de campanha e redes sociais estão: corrupção, fome, transposição do rio São Francisco, desmatamento da Amazônia, Auxílio Brasil e acesso ao ensino superior.
Os dois adversários também se envolveram em embate que envolveu temas como satanismo, canibalismo e pedofilia.
No domingo anterior à eleição, o ex-deputado Roberto Jefferson foi preso após resistir a uma ordem de detenção decretada pelo Supremo Tribunal Federal. Antes, ele jogou granada e atirou com fuzil contra agentes da Polícia Federal, ferindo dois.
A manobra mais recente da equipe de Bolsonaro foi tentar tumultuar o pleito alegando que rádios do Norte e Nordeste do país teriam deixado de veicular a propaganda eleitoral de Bolsonaro e chegaram a pedir adiamento das eleições.
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