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MPES vai escolher novo procurador-geral. Por que isso interessa?

MPES vai escolher novo procurador-geral. Por que isso interessa?

Cabe ao procurador-geral, por exemplo, atuar nos casos de políticos com foro privilegiado no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), como deputados estaduais e prefeitos. E somente o procurador-geral de Justiça pode propor uma ação contra chefes de outros Poderes do Estado. Palavra final é do governador

Publicado em 20 de janeiro de 2020 às 06:01

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Fachada da sede do Ministério Público do Estado do Espírito Santo, em Vitória. (Carlos Alberto Silva)

Os membros do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) vão eleger, em março, a lista com três nomes da qual deve sair o novo procurador-geral de Justiça, que é o chefe da instituição. Além de administrar um orçamento de R$ 431,9 milhões (valor para 2020), o procurador-geral é responsável por decisões que não dizem respeito somente aos 237 promotores e 32 procuradores do órgão.

Cabe ao procurador-geral, por exemplo, atuar nos casos de políticos com foro privilegiado no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), como deputados estaduais e prefeitos. E somente o procurador-geral de Justiça pode propor uma ação contra chefes de outros Poderes do Estado como, por exemplo, o presidente da Assembleia Legislativa e o presidente do Tribunal de Justiça.

Nesta segunda-feira (20) foi publicado o edital que abre o prazo de inscrições para quem quiser concorrer ao posto. Podem se inscrever promotores e procuradores com mais de 35 anos de idade e com ao menos dez anos de carreira no MPES. O prazo para inscrições vai até o dia 27 de janeiro.

Todos os promotores e procuradores poderão votar no dia 20 de março. Os três inscritos que receberem mais vão integrar a lista tríplice.

Caberá ao governador Renato Casagrande (PSB) escolher entre esses três quem será o novo chefe do MPES. Esse é o rito previsto na Constituição. A posse será em 4 de maio. O mandato é de dois anos.

Até agora, o nome dado como certo na disputa é o do atual procurador-geral, Eder Pontes. Ele já comandou o MPES por dois mandatos consecutivos, ou seja, quatro anos. Depois, uma aliada dele, Elda Spedo, assumiu por dois anos, após ter sido eleita para compor a lista tríplice e ter sido nomeada procuradora-geral.

UM VOTO A MAIS

Ela não tentou a recondução e, em 2018, Eder candidatou-se novamente e alcançou a lista tríplice, obtendo 167 votos, contra 166 do promotor Marcello Queiroz. Em terceiro lugar ficou a promotora Nilcia Sampaio, com 104 votos.

O então governador Paulo Hartung decidiu nomear Eder como novo procurador-geral de Justiça. Escolher o primeiro colocado na lista não é obrigatório. Agora, Marcello Queiroz, que quase empatou com o procurador-geral na votação passada, diz que ainda não decidiu se vai se inscrever.

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O primeiro mandato de Eder Pontes como procurador-geral começou em 2012. Ele, que na época era promotor de Justiça, foi nomeado pelo então governador Renato Casagrande. Eder sucedeu Fernando Zardini na chefia do MP. Hoje, Zardini é desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo.

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