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No ES, mais de 6 mil profissionais de segurança estarão nas ruas no dia da eleição

No ES, mais de 6 mil profissionais de segurança estarão nas ruas no dia da eleição

Policiais militares, civis, federais e bombeiros militares atuarão em todo o Estado, no domingo, para evitar crimes eleitorais. Haverá profissionais, inclusive, dentro das seções

Publicado em 11 de novembro de 2020 às 16:17

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Coletiva de imprensa da SES para apresentação do plano de atuação no dia das eleições
Representantes da policias no Espírito Santo apresentam plano de atuação para o dia das eleições de 2020. (Assessoria de imprensa/SESP)

Ao todo, 6.809 profissionais de segurança estarão nas ruas de todo o Espírito Santo, neste domingo (15), quando ocorre o primeiro turno das eleições municipais de 2020. Policiais civis, militares e federais, além de bombeiros militares, atuarão em conjunto para evitar crimes eleitorais, como compra de votos, propaganda irregular e boca de urna.

"São as forças da segurança pública efetivamente fortalecendo a democracia, garantindo que o cidadão capixaba exerça seu direito de voto", afirmou o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, em entrevista realizada nesta quarta-feira (11), em Vitória, com a presença de representantes das corporações. 

No ES, mais de 6 mil profissionais de segurança estarão nas ruas no dia da eleição

O maior contingente é da Polícia Militar. Ao todo, 5.469 policiais militares estarão atuando no domingo, sendo 4.462 diretamente nas eleições. Do total, 2.341 estarão na Região Metropolitana da Grande Vitória e os demais espalhados por outras cidades do Estado. Eles utilização 1.088 viaturas ao todo, com 761 somente para o pleito. 

De acordo com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus, o total de policiais militares mobilizados corresponde a cerca de 70% de todo efetivo da PM. É o mesmo planejamento e mesmo efetivo mobilizado nas últimas eleições, em 2018, segundo o militar. 

"É a maior operação que a Polícia Militar faz no ano. Todas as 1.727 seções de votação vão ser cobertas pela Polícia Militar, a maioria terá policiais dentro das seções e as outras terão uma radiopatrulha fazendo o entorno", afirmou.

Da Polícia Civil, serão 332 policiais atuando no pleito, a bordo de 130 viaturas. A delegada-geral adjunta da Polícia Civil, Denise Maria Pereira, explica que os policiais estarão em equipes compostas por escrivães, investigadores e delegados. Esse número de policiais estará focado inteiramente nas eleições.

Já a Polícia Federal, que vai atuar com drones pela primeira vez no Estado, contará com 180 policiais nas ruas. O delegado regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado, Leonardo Rabello, afirmou ainda que todo o efetivo da PF no Estado estará de sobreaviso para agir caso seja necessário no domingo. 

PATRULHAMENTO DEVIDO À PANDEMIA

Devido à pandemia do novo coronavírus, o Corpo de Bombeiros realizará o patrulhamento dos locais de votação no Estado para fiscalizar os protocolos sanitários necessários para a prevenção contra a Covid-19. Serão 108 bombeiros militares, em 37 viaturas, destinados para a tarefa. 

"Além da busca para o combate aos crimes eleitorais, neste ano, também temos a busca para que se respeitem os decretos e as portarias do Estado em relação à prevenção da Covid-19. No dia da eleição, haverá o trabalho de patrulha nos locais de votação para verificar qualquer tipo de ausência de cumprimento dos protocolos", explicou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alexandre Cerqueira.

Os eleitores deverão comparecer para votar usando máscara de proteção, conforme as orientações do Plano de Segurança Sanitária das Eleições 2020, elaborado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base nas recomendações da Organização Mundial da Saúd (OMS) e das consultorias da Friocruz e dos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein. 

As forças policiais estarão atuando juntas em um Centro Integrado de Comando e Controle estadual, que estará em comunicação com um Centro Integrado em Brasília e com o Núcleo de Combate aos Crimes e Corrupção Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES).

O comitê estadual receberá imagens de videomonitoramento dos principais municípios capixabas e dialogará com as salas de operações das polícias em cada município. Os principais focos de atuação, de acordo com o secretário de Segurança Pública, serão os locais de votação, os cartórios eleitorais e os terminais de transporte coletivo.

Quem identificar qualquer irregularidade, também poderá informá-la às polícias. O Disque Denúncia 181, inclusive, ganhou uma nova área dedicada especificamente para denúncias de crimes eleitorais. Ramalho destaca que a opção estará disponível até o dia da posse dos que forem eleitos e as informações serão repassadas para o TRE-ES. O sigilo do denunciante será resguardando, acrescentou. Outro canal para denúncias é o aplicativo de celular Pardal, da Justiça Eleitoral, disponível para sistema Android e sistema iOS

ELEITOR SEM MÁSCARA SERÁ RETIRADO DA SEÇÃO PELA PM

O  comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Cerqueira, afirmou que os militares vão orientar os eleitores para que usem máscara de proteção e evitem aglomerações, se for necessário. Caso alguém se recuse a usar o equipamento ou cause tumulto na seção eleitoral, poderá ser retirado do local pela Polícia Militar.  

"Vamos orientar os eleitores, pedir que coloquem a máscara e não façam aglomeração, como temos agido desde o início da pandemia. Em caso de exceção, se alguém não respeitar, infelizmente não vai poder votar e a PM vai fazer a condução e adotar as providências necessárias", disse o coronel. A legislação eleitoral prevê prisão para quem causa tumulto nos locais de votação.

Nem todos que cometerem crimes eleitorais na Capital serão levados para a delegacia. A partir do dia 13 de novembro, policiais da 12ª Companhia Independente da Polícia Militar, em Vitória, estarão autorizados a realizar do Termo Circunstanciado de Ocorrência  fora da delegacia. Isso será possível para crimes que resultem em pena de até dois anos de reclusão, como os eleitorais. 

"Iniciaremos na parte continental da cidade (essa prática). Mas aqueles comandantes que se sentirem à vontade com os seus efetivos poderão fazê-lo também nas eleições. Isso é uma parceria das Polícias Militar e Civil, com o pleno entendimento do Poder Judiciário e do Ministério Público, que nos permitirá avançar nessas questões", afirmou o secretário Alexandre Ramalho.

O secretário explica que os policiais poderão ouvir os suspeitos e registrar o termo circunstanciado no próprio local, sem precisar se deslocar. O objetivo, explica o secretário, é evitar o trajeto até a delegacia, evitando que os policiais se ausentem de onde estão atuando no momento. 

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