Durante entrevista para A Gazeta nesta sexta-feira (20), o candidato a prefeito de Vitória Lorenzo Pazolini (Republicanos) evitou falar sobre sua relação com o ex-senador Magno Malta (PL) e com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Questionado sobre sua proximidade com esses nomes e seu alinhamento a pautas defendidas pelo governo federal, como o projeto Escola Sem Partido, Pazolini limitou-se a dizer que não está preocupado com "luta política ou luta ideológica."
Em junho, o candidato, que é deputado estadual, e outros parlamentares alinhados ao presidente Bolsonaro Carlos Von (Avante), Torino Marques (PSL), Danilo Bahiense (sem partido) e Vandinho Leite (PSDB) fizeram uma "visita surpresa" ao hospital Dório Silva, na Serra. A ação foi criticada pelo governo estadual que, inclusive, foi ao Ministério Público Estadual pedindo apuração da conduta dos deputados.
O episódio aconteceu um dia depois de Bolsonaro pedir, em uma live, que seus seguidores invadissem e filmassem hospitais para "averiguar" o número de leitos ocupados.
Questionado se a ação teria sido feita em resposta ao pedido de Bolsonaro, Pazolini afirmou que as visitas a unidades de saúde e escolas são comuns durante o mandato e pontuou: "Não estou preocupado com luta política, não estou preocupado com guerra ideológica, eu quero estar ao lado do capixaba como sempre estive. Visito e visitei diversas delegacias e escolas e não deixei de fazê-lo porque o meu compromisso não é com grupos políticos."
Quanto ao seu alinhamento ao discurso do presidente e se aceitaria o apoio do mandatário, o candidato não respondeu. Disse que respeita o estado democrático e que precisa do apoio dos eleitores de Vitória. "Eu preciso do apoio dos moradores de Vitória. Quem decide a eleição são os eleitores de Vitória", disse.
Outro questionamento, reforçado por internautas que acompanhavam a entrevista pelas redes sociais, envolvia a relação entre o candidato e o ex-senador Magno Malta (PL). Em 2018, poucos meses antes da eleição, Pazolini apareceu em eventos ao lado de Magno Malta. No ano seguinte, Magna Karla Malta, filha de Magno, foi nomeada assessora do gabinete parlamentar do republicano.
Durante as negociações partidárias para formação de chapas das eleições municipais deste ano, inclusive, o presidente do PL de Vitória, Charles Jean, disse para a coluna Vitor Vogas que Pazolini e Magno têm uma relação de proximidade e que o ex-senador teria, inclusive, fidelidade ao parlamentar.
Pazolini, no entanto, não respondeu de forma direta. Disse que respeita todas as autoridades que já exerceram mandato e que "todas as autoridades que se dispuserem a estar ao lado da sociedade terão nosso apoio independente de nome ou coloração partidária." "Eu não tenho pré-conceitos, eu acredito em quem queira trabalhar e é assim que eu faço sem olhar para trás, olhando para frente", completou.
O candidato também respondeu perguntas sobre seu alinhamento com as ideias defendidas pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves e sobre suas propostas para enfrentamento da pandemia na área da saúde, economia e educação. Veja abaixo a entrevista na íntegra.
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