A vice-governadora do Espírito Santo, Jaqueline Moraes (PSB), vai representar o governo nas próximas agendas públicas no Estado, ainda que por videoconferência. Seguindo uma recomendação médica, o governador Renato Casagrande (PSB), que foi diagnosticado com a Covid-19, vai diminuir o número de reuniões e deve se concentrar na orientação da equipe de governo, internamente.
Além das agendas públicas, Jaqueline também deve assumir a coordenação, com os secretários, em algumas pastas. Ela já acompanhava, em nome do chefe do Executivo, projetos na área de Assistência Social, Cultura e Esporte.
Desde a última segunda-feira (25), quando anunciou que o teste dele e o da primeira-dama, Maria Virgínia Casagrande, deram positivo para o novo coronavírus, Casagrande participou de apenas uma agenda. Na terça-feira (26), ele entregou, por videoconferência, um caminhão e uma retroescavadeira para a Prefeitura de Castelo. Os pronunciamentos, que fazia quase diariamente até a semana passada, também não devem ser feitos nos próximos dias.
O governador tem se mantido isolado na residência oficial da Praia da Costa, onde estava com a esposa até a última terça-feira (26), quando ela precisou ser internada. Maria Virgínia está sendo acompanhada em um hospital particular de Vitória e o quadro dela é estável. A mãe de Casagrande, Anna Venturim Casagrande, de 87 anos, também foi hospitalizada, no mesmo hospital, na última quarta-feira.
Nesta quinta-feira (28), Casagrande se reuniu com a equipe de governo. Ele deve seguir dando as orientações sobre a condução do Estado. A vice-governadora, Jaqueline Moraes, participou do encontro. Segundo ela, o governador mostrou que, fisicamente, estava bem.
"Nós vamos dividir um pouco mais as tarefas, principalmente nessas entregas, que são encontros mais demorados, em que ampliamos a participação de outras pessoas, além dos prefeitos. Por indicação médica, ele vai se recolher. Isso não impede que ele continue fazendo as orientações junto à equipe de governo. A live de Castelo, por exemplo, foi feita em 40 minutos, mas às vezes essas transmissões podem se alongar", afirma Jaqueline.
Um dos temas que tem mais preocupado o governo nos últimos dias é a ocupação de leitos de UTI no Estado por vítimas de Covid-19. Caso se atinja o percentual de 90% de ocupação, Jaqueline diz que "é provável" que medidas mais restritivas, como o lockdown bloqueio total das atividades sejam adotadas. Na região metropolitana da Grande Vitória, o índice de ocupação está, em dados da Secretaria de Saúde na última quarta-feira (27), em 83,6%.
"Se passar esse percentual (de 90%) é bem provável que a gente saia de um alerta vermelho para um alerta roxo. O governo não quer fazer lockdown, não é uma vontade nossa. Desde o início o interesse era impedir que a doença crescesse de maneira exponencial. Nós fazemos o acompanhamento diário, mas a ocupação de leitos é algo que varia muito. O Laboratório Central Estadual (Lacen) tem agilizado os testes, até para que um paciente com outra doença não ocupe um leito destinado para quem está com a Covid. É algo que está sendo acompanhado dia a dia", explica.
Na próxima sexta-feira (29) haverá uma reunião entre governo, médicos, acadêmicos e empresários para discutir as estratégias para o controle da pandemia.
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