A primeira-dama Michelle Bolsonaro, que tem rodado o país durante a campanha eleitoral reunindo-se com líderes políticos e religiosos, pedindo votos para o marido, o presidente Jair Bolsonaro (PL), participou na manhã desta sexta-feira (21) do evento Mulheres com Bolsonaro, realizado em Vitória.
Ela chegou à capital capixaba pouco depois das 9h, após passagem pelo Rio de Janeiro, e foi a última a discursar no encontro, que começou com uma espécie de culto, com mais de uma hora de louvores. O encontro ocorreu no Espaço Patrick Ribeiro, área de eventos anexa ao Aeroporto de Vitória, mesmo local em que o chefe do Executivo discursou durante sua última passagem pelo Estado, em julho deste ano, ainda na pré-campanha.
Além de pedir que os presentes no evento buscassem votos para Bolsonaro, conversando com os familiares e amigos que ainda estão indecisos, a primeira-dama também pediu votos para Carlos Manato (PL), um dos políticos presentes no encontro, ao lado do senador eleito pelo mesmo partido, Magno Malta.
No entanto, a princípio Michelle errou o número do candidato ao governo do Estado. "Dia 30 é 22 (Bolsonaro), e dia 30 é 44", propôs, sendo corrigida em seguida, ao convidar Manato para a frente do palco. "Então é 22 lá e 22 cá?", perguntou.
Michelle foi acompanhada por uma comitiva formada pela ex-ministra e senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos), ovacionada pela plateia; pela deputada federal Soraya Manato (PTB), esposa do candidato ao governo do Estado, Carlos Manato (PL) e que não conseguiu a reeleição neste ano; e pela deputada federal Celina Leão (Progressistas), eleita vice-governadora do DF, entre outras parlamentares.
Repetindo um discurso adotado em outros Estados, Michelle declarou que o "Brasil é a última barreira contra o comunismo", e que a corrida eleitoral é um tipo de “luta entre o bem o mal” e contra “ameaça comunista à religião”.
“Tenho que agradecer por esse momento lindo de estarmos aqui reunidos para falar um pouquinho do que nós estamos fazendo, desse governo que tem lutado pela família, pela pátria, pela nossa liberdade de expressão e a nossa liberdade religiosa que está sendo sim comprometida pelo comunismo. Estamos vendo tudo que está acontecendo e está muito fácil escolher um lado.”
Já no início do evento, o local estava cheio. O público era formado em sua maioria por mulheres, vestidas de verde e amarelo. Muitas delas usavam camisas com nome e número de urna de Bolsonaro ou portavam cartazes com imagens do presidente.
Autodeclarada voluntária do governo, e “ajudadora do marido”, “vivendo com salário de deputado", Michelle pediu para que os eleitores não olhem para o candidato Bolsonaro, mas sim para “as pautas que ele defende, pela ideologia do bem contra o mal”, para que seja possível “dissipar esse partido das trevas da nossa nação. O nosso Brasil é rico, tem dinheiro sim, como ele bem fala. Se não roubar, tem dinheiro para fazer, e foi feito.”
Além de enaltecer leis assinadas por Bolsonaro em prol das mulheres e de pessoas com deficiência, a primeira-dama relembrou a facada do marido, que, segundo ela, declarou ter morrido após o atentado de 2018, e que “se preciso for, entrega a vida pela nação”.
E insistiu: “Com certeza aqui tem alguém que tem parente, um amigo que ainda está indeciso, é só mostrar, falar o que o comunismo quer fazer com a nação. Eles só vem pra roubar, matar e destruir, e nós não aceitaremos porque a maioria do nosso povo é cristão.”
Já a senadora eleita Damares Alves, que tem rodado o país com a primeira-dama, repetiu em seu discurso os mesmos termos que a campanha de Bolsonaro tem usado para se referir ao adversário, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao PT.
"Somos mais de 80 deputadas federais, estaduais e lideranças políticas andando o país para falar com mulheres, desmontar essa guerra de narrativa que o partido das trevas criou, de que as mulheres não admiram o presidente Jair Bolsonaro. Nós estamos fazendo isso, nos estamos indo pras ruas, nós estamos reunindo milhares de mulheres e estamos mandando um recado para o ex-presidiário, de que as mentiras não prevalecerão, que o Bolsonaro será reeleito presidente da República, que a nação não quer um homem corrupto, mentiroso governando esse país", disse.
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