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Conheça histórias inspiradoras de mulheres que são referência na Maranata

Conheça histórias inspiradoras de mulheres que são referência na Maranata

Neste mês das mulheres, a Igreja Cristã Maranata celebra aquelas que fazem parte da sustentação dos pilares da comunidade, responsáveis pela educação dos fiéis mais jovens e pelas missões de evangelização

Publicado em 17 de março de 2023 às 14:29

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Kezia Nunes e Fernanda Becalli no Seminário Unidos em Família, no Maanaim de Domingos Martins, em janeiro de 2023
Kezia Nunes e Fernanda Becalli no Seminário Unidos em Família, no Maanaim de Domingos Martins, em janeiro de 2023. (Maranata/Divulgação)
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Longe de terem um trabalho somente de “bastidores” na Igreja Cristã Maranata (ICM), as senhoras, como são chamadas pelos fiéis, fazem de tudo: de evangelização até serem responsáveis pela educação de crianças e jovens da comunidade, tarefas que não são fáceis. Com jogo de cintura e cuidado que só elas podem oferecer, neste mês de março, a igreja celebra as mulheres que desempenham papéis essenciais na sociedade e são referências em muitas áreas, inclusive dentro da ICM. Conheça algumas histórias inspiradoras de atuações femininas da Maranata.

Letícia Pegoretti, por exemplo, integra a ICM desde 1999. É casada, mãe e servidora pública federal, além de trabalhar  voluntariamente lecionando para classes com crianças, intermediários e adolescentes na igreja. Ela é uma das integrantes do que é conhecido como "trabalho de senhoras" da ICM.

Letícia Pegoretti integra a ICM desde 1999 e leciona para classes com crianças, intermediários e adolescentes na igreja
Letícia Pegoretti integra a ICM desde 1999 e leciona para classes com crianças, intermediários e adolescentes na igreja. (Maranata/Divulgação)

Nas escolas bíblicas dominicais, ela conta que ministra aulas e acompanha os alunos em toda a trajetória deles na igreja, de zero aos 15 anos, quando é oferecida a oportunidade de se batizarem nas águas. “A partir de então, eles passam a integrar o trabalho de jovens na igreja, que possibilita que eles trabalhem na evangelização, que toquem instrumentos e atuem nas demais áreas, como o louvor, o ensino, a assistência, entre outros”, enumera.

“Como professora de classes, sinto-me privilegiada por ter a honra de ensinar a Palavra de Deus aos meus alunos que, com a semente plantada no coração, serão servos usados por Deus em Sua obra. É o cumprimento do que diz a Bíblia, no Livro de Provérbios 22:6: ‘Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele’”, destaca ainda Letícia.

Também com foco na educação, Leonice Rocha é graduada em Letras e Pedagogia, além de ter mestrado em Educação. É esposa, mãe e avó, enquanto encontra tempo, ainda, para ser doutoranda em Ciências da Educação e diretora do Instituto de Ensino Edward Dodd.

Leonice Rocha é formada em Letras e Pedagogia, além de ter mestrado em Educação
Leonice Rocha é formada em Letras e Pedagogia, além de ter mestrado em Educação. (Arquivo pessoal)

Para ela, os trabalhos desenvolvidos pelas mulheres na igreja são de grande relevância e lembra que, na Bíblia, a participação feminina na Obra de Deus é amplamente citada. “Hoje, não é diferente. As mulheres são intercessoras, vivem em oração pelos membros de suas igrejas e têm recebido grandes bênçãos por isso. Atualmente, existem vários trabalhos desenvolvidos pelas mulheres na Obra do Senhor, como trabalho com louvor, aulas da Escola Bíblica Dominical, trabalho com as senhoras, assistência aos idosos, assistência às grávidas, visitas aos enfermos, voluntariado nos Maanains, trabalho com os jovens, acessibilidade e outros”, observa.

Educação para todos

Membro da Maranata há mais de 25 anos, Leonice atua também como professora de crianças na Escola Bíblica Dominical. Responsável pelo trabalho das senhoras e integrante do grupo de intercessão, ocupa ainda a função de secretária dos trabalhos de Acessibilidade, Ciência e Fé e Organização e Método da Maranata.

“Como mulher, sinto-me honrada por contribuir na Obra de Deus, tendo oportunidade de estar perto do Senhor Jesus todos os dias, com o coração cheio de gratidão, alimentando-me com a Palavra de Deus e ouvindo a Sua voz”, enfatiza.

Para que todas as crianças e adolescentes tenham direito igual às aulas, Maria Amin, de 63 anos, faz um trabalho semelhante ao da Leonice, e atua como professora na ICM desde 1983. Atualmente, está na classe das gestantes até 3 anos e na classe dos intermediários, de 7 a 11 anos, e faz parte de um grupo de intercessão.

Maria Amin é professora na ICM desde 1983 e trabalha com foco na acessibilidade para pessoas com deficiência
Maria Amin é professora na ICM desde 1983 e trabalha com foco na acessibilidade para pessoas com deficiência. (Maranata/Divulgação)

“Desde 2004, trabalho com acessibilidade na igreja – não acessibilidade arquitetônica, mas à Palavra de Deus – para que tenham a mesma oportunidade de entender o que está sendo ensinado nas igrejas e nos Maanains, como assistência às pessoas com deficiência, aos idosos, aos analfabetos e às pessoas com transtorno de linguagem, aprendizado, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), QI alto, entre outros”, narra.

Isso porque, na visão dela, a acessibilidade significa, acima de tudo, o direito ao acesso aos ensinos bíblicos doutrinários por todos os irmãos. Com esse trabalho, ela acredita ajudar na formação de um nova mentalidade de crianças e jovens. “Isso reflete nos ambientes frequentados fora da igreja, fazendo com que sejam cidadãos conscientes e responsáveis”, aponta.

Ela menciona ainda que são realizados cultos aos domingos, pelo YouTube, na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Algumas mensagens são em Libras diretamente, outras com interpretação.

Já os estudos da Escola Bíblica Dominical (EBD) são flexibilizados, semanalmente, para as quatro classes de gestante até adolescentes e para os jovens e adultos.

Também acontecem cultos por videoconferência para pessoas com deficiência visual, incluindo três pastores cegos e vários instrumentistas com o mesmo tipo de característica, às segundas-feiras à noite, bem como reuniões on-line para estudo das perguntas da EBD e busca para o culto na terça.

“Disponibilizamos coletânea de hinos em braile, em letra ampliada e, para aprendizado de louvores, temos o método com coletânea cifrada em áudio. Estamos também com um novo projeto de construir um acervo tátil das principais passagens bíblicas para as pessoas com deficiência visual, e qualquer outra que desejar, conhecer mais da Palavra de Deus”, explica ainda.

Outros projetos futuros da ICM são a finalização do preparo de orientações para a implantação do trabalho de acessibilidade nas igrejas, contemplando os diversos grupos e para os professores de classes. O objetivo é unificar a assistência por meio de um trabalho de conscientização dos fiéis e de acolhimento às pessoas com deficiência e suas famílias.

Ela conta também que está efetivamente na Maranata desde 1982 e congrega, hoje, na igreja de Carlos Prates, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Isso tudo só foi possível com os conhecimentos prévios que Maria tem como pediatra, com área de atuação na neurologia da infância e adolescência. Formada desde 1984, também fez cursos de especialização em saúde mental da criança e adolescente, pós-graduação em Educação Especial e em Libras, além de curso de Braille, de orientação e mobilidade para guiar pessoas com deficiência visual e de guia-interpretação para atendimento a surdos e cegos.

Atualmente, o foco de Maria é no atendimento na área dos transtornos de aprendizagem, TDAH e autismo.

Assistência social

Edna Froede é outra mulher importante para o funcionamento da Maranata. Casada com o secretário-geral da ICM, pastor Luiz Eugênio, há 41 anos, também é mãe de dois filhos e avó de um casal de netos.

Mas a história dela com a igreja é mais antiga. Acompanha a ICM há 44 anos e sempre trabalhou com grupos de louvor e de intersecção, também atuando como professora para crianças e jovens.

Edna Froede tem formação em Teologia e Pedagogia
Edna Froede tem formação em Pedagogia, além de ser poetisa. (Arquivo pessoal)

“Por muitos anos, também fui regente e cantora na igreja, e eu e meu marido fomos pioneiros em missões de grandes evangelizações fora do Estado. Atualmente, estou aposentada, mas ainda sou poetisa, escritora e colunista, além de ser conselheira, acompanhando meu esposo”, afirma.

Além do trabalho como voluntária na igreja, tem formação em Pedagogia e foi professora por mais de 20 anos. 

Na Igreja Maranata, todos os trabalhos de assistência social e evangelístico realizados pelas mulheres são voluntários, como os dos demais pastores e varões da instituição.

Em 2019, por exemplo, foi criado o Grupo Organização e Método. O objetivo é orientar pais, mães, responsáveis e/ou cuidadores a respeito da educação dos filhos para a vida eterna e para serem bons cidadãos. 

"Os conteúdos ministrados envolvem sequências temáticas, considerando os aspectos proféticos, científicos e práticos da vida familiar. Os estudos são gradativamente aprofundados e gravados em estúdio para a transmissão, via satélite, no Brasil e no exterior, com interpretação de Libras", explica Fernanda Zanetti Becalli .

Kezia Nunes e Fernanda Becalli no Seminário Unidos em Família, no Maanaim de Domingos Martins, em fevereiro desta ano
Kezia Nunes e Fernanda Becalli no Seminário Unidos em Família, no Maanaim de Domingos Martins, em fevereiro desta ano. (Maranata/Divulgação)

Os trabalhos do grupo integram o quadro “Organização e Método” do Programa “Anunciando o Evangelho Eterno”, divulgado todas as sextas-feiras, pela Rádio e TV Web Maanaim, no canal oficial do Youtube da Igreja Cristã Maranata.

"O grupo também compõe as aulas dos Seminários Unidos em Família e os das Professoras e Senhoras, produz artigos e entrevistas para revistas e jornais de circulação nacional, tem uma sequência de três episódios no Programa Conversas Bíblicas, sendo as primeiras mulheres a serem entrevistadas no referido programa, e um trabalho de divulgação por meio do Instagram", cita ainda.

Neste ano, os trabalhos iniciaram com o tema “A educação dos filhos na era digital” e as demandas de caráter formativas, acadêmicas e sociais da instituição são atendidas por Fernanda e Kezia Rodrigues Nunes, ambas professoras envolvidas com o ensino e pesquisas científicas.

“Mesmo que não tenham mulheres pastoras, diáconas e obreiras, somos cuidadas e respeitadas por fazermos um trabalho intenso de intercessão, adoração e evangelizações para levar a palavra do Senhor voluntariamente”, ressalta Edna.

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